sábado, 6 de setembro de 2008

FOCO 15 : AS QUESTÕES RUSSAS DO CÁUCASO : DAGUESTÃO, INGUCHÉTIA E OSSÉTIA DO NORTE !

MAPA 01: CÁUCASO: PRESENÇA DE OLEODUTOS E GASODUTOS !
O mapa acima mostra a questão econômica do CÁUCASO, localização de pontos de interação de oleodutos e gasodutos !

MAPA 02 : MOSAICO DE POVOS DO CÁUCASO

A região acima, é considerada um MOSAICO DE POVOS, localizada entre a Europa, à leste e a Ásia, a oeste.

MAPA 03 : AS RELAÇÕES RUSSO-AMERICANAS NO CÁUCASO: JOGO DE INTERESSES !
A região Acima, tem se tornado um verdadeiro tabuleiro de Xadrez nas Relações entre a RÚSSIA E OS EUA: O BRAÇO DE FERRO RUSSO-AMERICANO, a região do CÁUCASO !

MAPA 04: As áreas de Conflitos no CÁUCASO !
O mapa acima se refere às diversiades étnicas presentes em uma das regiões mais complexas e conflitantes do mundo, É O CÁUCASO !

MAPA 05: O mapa do CÁUCASO !
O CÁUCASO, conforme o mapa acima, é uma região que tem sido destaque na mídia internacional, pela presença de povos em conflito.

MAPA 06: OS PONTOS POLÊMICOS DE CONFLITOS NO CÁUCASO !
Como uma região de CONFLITOS, o CÁUCASO pode ser considerada uma ZONA GEOESTRATÉGICA, E UM VERDADEIRO BARRIL DE PÓLVORA, COM SUAS REPÚBLICAS SEPARATISTAS E CONFLITOS DE MÚLTIPLOS COMPONENTES ÉTNICOS.
O Cáucaso do Norte
Além da ameaça à integridade territorial russa, destacam-se aspectos geopolíticos e econômicos que permeiam a questão. A extensão da instabilidade tchetchena às repúblicas russas do Daguestão, Inguchétia, e Ossétioa do Norte, afora o persistente conflito na vizinha Geórgia, mostra-se prejudicial aos interesses russos, dado o potencial energético da região do Cáucaso. Um gasoduto russo, cuja construção seria originalmente realizada na Tchetchênia, atravessa o território do Daguestão. No entanto, os confrontos na república levaram a uma mudança nos planos russos. Analistas sustentam que, na realidade, a Rússia enfrentaria movimentos separatistas e/ou de descolonização e que os recentes ataques, bem como a atuação do governo russo na tentativa de resolução do episódio da escola de Beslan, evidenciam não apenas a existência de problemas táticos relativos às forças especiais russas, mas também a falência da estratégia russa de contenção dos mesmos.
Por fim, o enquadramento destes movimentos na “Guerra contra o Terror” implicaria em uma escolha política que visa a dar continuidade a estratégia russa na região e evitar que suas fronteiras sofram mais uma perda, obtendo, para tanto, o apoio da sociedade internacional e, particularmente, dos EUA.

DAGUESTÃO

A maior república do Cáucaso russo, de maioria muçulmana, foi cenário, a partir de 1999, de incursões de rebeldes chechenos que causaram centenas de mortos.
Milicianos muçulmanos lutam pela autonomia desta pequena república do Cáucaso. Esses levantes colocam em xeque a capacidade da Rússia, tanto do ponto de vista político, como do ponto de vista militar, de resolver os seus próprios assuntos internos. A repressão do exército russo é intensa.
O segundo conflito bélico russo-checheno, em outubro de 1999, começou depois da incursão no Daguestão de um grupo de combatentes chechenos liderado pelo chefe de guerra Shamil Basayev. Moscou respondeu então com uma vasta ofensiva militar.
Os atentados contra os representantes das autoridades, principalmente policiais, continuam sendo freqüentes nesta região.
Maior república do Cáucaso russo, onde convivem mais de 30 etnias, cada uma com língua própria. Distante, atrasada e de maioria muçulmana, foi alvo de incursões de rebeldes chechenos a partir de 1999, com centenas de mortos. O segundo conflito bélico entre Rússia e Chechênia, em 1999, teve início com a incursão de um grupo de chechenos no Daguestão. Os atentados contra autoridades, especialmente policiais, são freqüentes na região.

NOTÍCIAS SOBRE O TEMA
Quinta, 4 de setembro de 2008, 12h34
Operação no Daguestão termina com cinco guerrilheiros e um civil
Cinco guerrilheiros e um morador de Khasaviurt morreram hoje durante uma operação especial nesta cidade, informaram as forças de segurança da república russa do Daguestão, que faz fronteira com a Chechênia. Agentes do Ministério do Interior e o Serviço Federal de Segurança isolaram uma casa na qual estava um grupo de guerrilheiros. "Três guerrilheiros morreram ao tentarem passagem através de um cordão" policial, afirmou um porta-voz citado pela agência oficial russa "RIA Novosti". Outros dois, que continuavam na casa, foram mortos posteriormente. Segundo o Ministério do Interior do Daguestão, vários cúmplices dos guerrilheiros tentaram atacar as forças de segurança para desviarem a atenção da região na qual estava sendo realizada a operação especial. "Acionaram alguns explosivos de fabricação caseira perto do carro da Polícia, mas ninguém saiu ferido", declarou o porta-voz. Durante a operação especial, morreu um morador da cidade que estava no local do tiroteio, enquanto dois policiais e outros moradores ficaram feridos. Uma das sete repúblicas russas no Cáucaso Norte, se transformou em palco de freqüentes ataques contra policiais e militares que as autoridades atribuem a extremistas islâmicos que apóiam a guerrilha da vizinha Chechênia e as máfias locais.

INGUCHÉTIA

- Esta vizinha da Chechênia é uma das repúblicas mais pobres da Rússia. Ligados ao chechenos, os inguchétios foram, como eles, deportados em 1944 por Stalin "por colaboracionismo" com a Alemanha nazista.
A Inguchétia, que permaneceu à margem do conflito checheno, sofreu mesmo assim seqüestros, assassinatos e atentados contra suas forças de ordem. Em junho de 2004, um ataque de Basayev na Inguchétia causou 90 mortos, em sua maioria membros das forças de segurança.
Presidente da Inguchétia desde 2002, Murat Ziazikov comanda uma repressão brutal.
Uma das repúblicas mais pobres da Rússia. Durante a II Guerra Mundial, o ex-líder soviético Josef Stalin acusou os inguchétios de colaboração com os nazistas e deportou a toda a população para a Ásia Central. Mesmo fora do conflito checheno, sofreu seqüestros, assassinatos e atentados contra suas forças. No comando da Inguchétia desde 2002, Murat Ziazikov faz uma repressão brutal.

NOTÍCIAS SOBRE O TEMA
28/08/2008 - 10h48
Rússia anuncia 'operação antiterrorista' na Inguchétia
Moscou, 28 ago (Lusa) - As autoridades russas impuseram o "estado de operação antiterrorista" na Inguchétia, anunciou nesta quinta-feira a agência de notícias Ria-Novosti, citando informação do Estado Operativo da Inguchétia.Segundo a agência, "os órgãos de segurança dispõem de informação de que, no território da vila inguche de Surkhaki, se escondem membros de bandos que cometeram crimes particularmente graves nos territórios da Inguchétia e da Tchetchênia". Por esse motivo, as autoridades decidiram declarar a vila de Surkhaki "zona de operação antiterrorista".
Na região, durante o fim da operação, vai vigorar uma série de restrições, como a redução do acesso dos cidadãos aos meios de transporte terrestres. "As pessoas serão revistadas e sujeitas a outras medidas previstas na lei", informa o Estado Operativo da Inguchétia.
As autoridades apelam aos habitantes que conservem a calma, não permitam o caos e a desordem e não se intrometam no trabalho dos órgãos de segurança.
A Inguchétia é uma república russa do Cáucaso do Norte, fronteira com Ossétia do Norte e Tchetchênia, e é palco de operações militares de uma guerrilha separatista islâmica.
É cada vez maior a contestação contra o presidente da Inguchétia, Murat Ziazikov, ex-general da KGB. Também continua sem solução o conflito territorial entre a república e a vizinha Ossétia do Norte.
Em 1944, quando o ditador Josef Stalin deportou o povo inguche para a Sibéria e o Cazaquistão, parte do território - a região de Prigorod - foi entregue à Ossétia do Norte. Nos anos 90, quando ocorreu a desintegração da URSS, os inguches tentaram recuperar suas terras, dando início a uma guerra contra os ossetas. As tropas russas congelaram o conflito e parte da população inguche teve que abandonar a Ossétia, mas não perdeu a esperança de recuperar o território perdido.Segundo o bissemanário Novaya Gazeta, na época da operação militar russa contra a Geórgia, cerca de 300 oficiais inguches se demitiram dos cargos para não serem enviados para ajudar a Ossétia do Sul.
Nos últimos tempos, têm sido quase diários os ataques da guerrilha contra policiais, militares e civis.

OSSÉTIA DO NORTE
Os ossetas estão divididos em dois Estados, Geórgia, a que pertence a Ossétia do Sul, e a Rússia, da qual faz parte a Ossétia do Norte, e é onde se encontra a principal base russa no Cáucaso.
Em 1992 um conflito (mais de 500 mortos) opôs a Ossétia do Norte à maioria cristã da Inguchétia. A Ossétia do Norte também sofreu as conseqüências do conflito checheno, com a tomada de reféns de Beslan. Os ossetas acusam a minoria inguchétia muçulmana de fomentar terrorismo na região.

NOTÍCIAS SOBRE O TEMA

Milhares de pessoas lembram vítimas do massacre em Beslan
Da EFE , Moscou, 3 set (EFE) - Milhares de pessoas lembraram hoje, durante um ato realizado em Beslan, as 334 vítimas do massacre ocorrido há quatro anos na escola número um dessa cidade da república russa da Ossétia do Norte. O nome e sobrenome de cada uma das vítimas foram ouvidos durante quase meia hora em um completo silêncio, interrompido unicamente pelo ritmo que marcava um metrônomo. O presidente da Ossétia do Norte, Taimuraz Mamsurov, dois de cujos filhos estavam na escola no momento do ataque, foi o primeiro a depositar flores perante o monumento da "Árvore das Lamentações", em um cemitério de Beslan. Depois dele, fizeram o mesmo membros do Governo e do Parlamento da Ossétia do Norte, representantes de escolas e institutos, da comunidade científica, de organizações sociais e juvenis, da Academia Militar, assim como militares e cidadãos dessa república. Posteriormente, a delegação se dirigiu ao monumento erguido em homenagem aos agentes das forças especiais que morreram em Beslan. Estiveram presentes também na cerimônia religiosa membros das comunidades ortodoxa e muçulmana, segundo informaram as agências russas. Várias ambulâncias e voluntários da Cruz Vermelha estavam nas imediações para prestar assistência aos que necessitassem. Além disso, foram fortalecidas as medidas de segurança na entrada do cemitério, e para entrar no local os presentes tiveram que passar por detectores de metais, enquanto seus pertences foram minuciosamente revistados. Em Moscou e outras cidades da Rússia, as vítimas da tragédia de Beslan também foram lembradas.
Em 1º de setembro de 2004, no início do ano letivo, um comando terrorista checheno tomou de assalto a escola número um de Beslan e seqüestrou 1.128 pessoas, na maioria mulheres e estudantes. Após 52 horas de seqüestro, uma explosão no interior da escola - acidental, segundo a versão oficial - desencadeou uma confusa operação de resgate na qual morreram 317 reféns, três socorristas e dez agentes do Serviço Federal de Segurança (FSB, antigo KGB). Quatro dos reféns morreram posteriormente no hospital por causa dos ferimentos. EFE

4 comentários:

Anônimo disse...

Esta região é um mosaico, e deveria ser tratada com a mesma proporção, ou seja, de respeitar as diferenças, pois isso traduziria em mais paz e diálogo entre as diferenças. Até que ponto os interesses econômicos podem sobrepor os culturais, levando-os à violência e a Guerra ?

Anônimo disse...

A Rússia não vai perder esse territorio facilmente devido a sua importacia econômica, como os oleodutos que passam na região

Anônimo disse...

A questão do Caucaso é ligada ao nacionalismo e ao separtismo da região. o Caucaso é uma area de mosaico cultural, que vive um conflito latente e disperta grandes interesses tanto nos Eua quanto na Russia, por ser rica em petroleo.

Anônimo disse...

O Caucaso eh uma regiao de mosaico cultural, a diversidade etnica eh tao intensa que a regiao vive constantes conflitos separatistas e nacionalistas. Como tambem eh um area de grande importancia economica, devido a presença de muitos oleodutos, o que indica a presença de petroleo , ocorre ali um jogo de interesses por parte do EUA e da Russia, esta ultima provavelmente nao abriria mao de uma regiao tao rica e de grande influencia economica. Por isso acredito que os movimentos continuarao durante um bom tempo, tendo visto que a diversidade etnica eh extensa e a influencia economica tambem.