domingo, 7 de setembro de 2008

FOCO 19: A GUERRA CIVIL NA COLÔMBIA !

O Mapa acima, se refere à COLÔMBIA, e seu conflito interno, Guerra Civil, e os grupos que estão atuando neste conflito.

O conflito colombiano, um dos mais antigos da América Latina, deriva da disputa pelo poder entre liberais, conservadores e socialistas.
Os liberais se aliaram com setores socialistas numa guerra civil contra os conservadores que durou 16 anos, de 1948 a 1964.
Em 1964, temendo a radicalização da guerrilha camponesa, influenciada pela revolução cubana, os liberais se aliam aos Conservadores e apoiam o envio de tropas ao povoado de Marquetália. Os camponeses comunistas, na fulga para as regiões montonhosas da Selva, constituem as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (
FARC).
Sob a liderança de
Manuel Marulanda, o Tirofijo, ex-combatentes liberais fundam as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia - Exército do Povo, popularmente conhecida como FARC ou FARC-EP, nos anos 60 para lutar pela criação de um estado marxista. Outros grupos de esquerda - como o guevarista Exército de Libertação Nacional (ELN) - e milícias de extrema direita entram no conflito. A partir dos anos 80, a Guerra Cívil ganha um novo protagonista: o tráfico de drogas. As FARC-EP financiam a luta armada à custa dos serviços de proteção vendidos aos traficantes e tanto as FARC quanto o ELN financiam sua luta à custa do seqüestro de civis. Cerca de 3 mil resgates são pagos anualmente às guerrilhas. A violência já matou cerca de 30 mil pessoas desde os anos 60 e tem forçado maciços deslocamentos internos.
Em 1964, os
estadunidenses pressionaram o Exército Colombiano para eliminar um grupo rebelde, formado por pequenos proprietários rurais, influenciados pelo sucesso de Fidel Castro em Sierra Maestra. Resultado: os rebeldes reagiram e o pequeno sitiante Manuel Marulanda Vélez, apelidado Tirofijo, criou o embrião das FARC-EP, que depois recebe auxilio do então Partido Comunista da Colômbia. No ano seguinte surge o ELN.
Em
1968 foi aprovada uma lei que da liberdade para formação de milícias paramilitares para enfrentar os guerilheiros. Dali surgem as milícias de direita no combate. Com o tempo e já com a lei revogada, os diversos grupos de paramilitares juntaram-se e fundaram, em 1997, as Autodefesas Unidas da Colômbia (AUC), sob o comando de Carlos Castaño e do ítalo-colombiano Salvatore Mancuso.
A pacificação das guerrilhas foi uma promessa eleitoral do presidente
Andrés Pastrana. Assim que assumiu o poder, em 1998, ele retirou o Exército de uma área de 42 mil km², entregando-a às FARC-EP, como condição para a abertura de conversações, ocorrida em janeiro de 1999. Desde então, o diálogo foi suspenso e retomado em várias ocasiões, mas um acordo de cessar-fogo fracassou em julho de 2000. As FARC-EP reclamaram da falta de ação do governo para conter os paramilitares direitistas das AUC, que praticavam massacres em áreas controladas pela guerrilha.
Já os líderes do ELN se reuniram com representantes do governo em
Genebra, em julho de 2000. Negociações anteriores, abertas em 1999, foram abandonadas pelo ELN diante da recusa do governo em desmilitarizar uma área de 8 mil km². Em 2000, a liberação, por parte dos EUA, de 1,3 bilhão de dólares de em ajuda financeira para os programas anti-droga da Colômbia (Parte do Plano Colômbia) aumentou o temor da guerrilha de uma intervenção armada no país.

OS GRUPOS QUE ATUAM NA COLÔMBIA
AS GUERRILHAS MARXISTAS
AS FORÇAS AMRMADAS DA COLÔMBIA – FARC’s
As Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia–Exército do Povo (em
castelhano Fuerzas Armadas Revolucionarias de Colombia–Ejército del Pueblo), também conhecidas pelo acrônimo FARC ou FARC-EP, é uma organização de inspiração comunista, autoproclamada guerrilha revolucionária marxista-leninista, que opera mediante uso de métodos terroristas e de táticas de guerrilha. Lutam pela implantação do socialismo na Colômbia[. Apesar de não ser membro do Foro de São Paulo, que congrega partidos de esquerda da latino-americanos, as FARC já estiveram presentes em suas reuniões.
As FARC são consideradas
organização terrorista pelo governo da Colômbia, pelo governo dos Estados Unidos, Canadá e pela União Européia. Os governos de outros países latino-americanos governados por presidentes de esquerda, como Equador, Bolívia, Brasil, Argentina e Chile[] não lhes aplicam esta classificação. O presidente Hugo Chávez rejeitou publicamente esta classificação em Janeiro de 2008 e apelou à Colômbia como outros governos a um reconhecimento diplomático das guerrilhas enquanto “força beligerante”, argumentando que elas estariam assim obrigadas a renunciar ao sequestro e actos de terror a fim de respeitar a Convenção de Genebra. Cuba e Venezuela adoptam o termo “insurgentes” para as FARC.
As FARC foram criadas em 64 como aparato
militar do Partido Comunista Colombiano. Enquanto originaram-se como um puro movimento de guerrilha, a organização já na década de 80 envolveu-se no tráfico ilícito de entorpecentes[ o que provocou a separação formal do Partido Comunista e a formação de uma estrutura política chamada Partido Comunista Colombiano Clandestino.
As FARC-EP continuam a se definir como um movimento de guerrilha. Segundo estimativas do governo colombiano, as FARC possuem entre 6 000 a 8 000 membros, uma queda de mais da metade dos 16 000 em
2001 (aproximadamente 20 a 30% deles são recrutas com menos de 18 anos de idade[15]). Outras estimativas disponíveis avaliam em mais de 18 000 guerrilheiros, números que as próprias FARC reclamaram em 2007 numa entrevista com Raul Reyes.
As FARC-EP estão presentes em 15-20% do território colombiano, principalmente nas selvas do sudeste e nas planícies localizadas na base da
Cordilheira dos Andes. Segundo informações do Departamento de Estado dos Estados Unidos, as FARC controlam a maior parte do refino e distribuição de cocaína dentro da Colômbia, sendo responsável por boa parte do suprimento mundial de cocaína e pelo tráfico dessa droga para os Estados Unidos.
As FARC-EP, o maior grupo paramilitar na América do Sul, são dirigidas por um secretariado liderado desde março de 2008 por
Alfonso Cano, e seis outros membros, incluindo o comandante militar Jorge Briceño, também conhecido por Mono Jojoy. A "face internacional" da organização era representada por um outro membro do secretariado, “Raúl Reyes”, morto durante o ataque do exército colombiano contra um campo das FARC no Equador em Março de 2008.
As FARC estão organizadas segundo as linhas militares e incluem diversas frentes urbanas ou células de milícia. A organização adicionou o “-EP” (Ejército del Pueblo) ao seu nome oficial durante a sua sétima conferência em 1982 como expressão da expectativa de evolução de uma guerra de guerrilha a uma acção militar convencional, esboçada nessa ocasião.
As FARC-EP proclamam-se uma organização marxista-leninista de inspiração
bolivariana. Elas afirmam defender o pobre agricultor na luta contra as classe favorecidas colombianas e se opõem à influência americana na Colômbia, particularmente o Plano Colômbia. Outros proeminentes interesses das FARC incluem a luta contra a privatização dos recursos naturais, as corporações multinacionais, e as forças paramilitares. As FARC-EP dizem que estes objectivos motivam os esforços do grupo a tomar o poder na Colômbia por uma revolução armada. Tais esforços são principalmente a extorsão, seqüestro, e participação no tráfico ilegal de drogas.
As FARC-EP afirmam estarem abertas a uma solução negociada do conflito via um diálogo com um governo flexível, que aceitasse certas condições como a desmilitarização de territórios e a liberação de todos os rebeldes prisioneiros (e extraditados) do movimento. Simultaneamente, elas reclamam que sem estas condições respeitadas, a revolução armada irá continuar como forma necessária de implantar os objectivos políticos do grupo. As FARC também afirmam continuar com a luta armada pois consideram o actual governo hostil[.
Críticas nacionais e internacionais caracterizam as FARC-EP como terrorista. Críticos ao movimento dizem que os métodos da organização desacreditam seus objectivos primeiros e sua ideologia. As FARC frequentemente atacam civis não envolvidos no conflito, instalam minas antipessoais, recrutam crianças-soldados, mantém reféns para trocá-los contra ranções e por razões políticas, alguns com mais de 10 anos de cativeiro, e são responsáveis pelo deslocamento de milhares de civis atingidos pelo conflito. O porta-voz das FARC Raul Reyes afirmou que elas sempre evitaram as casualidades civis, a não conscrição de civis e de soldados com menos de 15 anos, todavia ele reconhece que o uso de minas e morteiros são inerentemente perigosos à população civil.
As FARC utilizam crianças como soldados e como informantes. A
Human Rights Watch estima que as FARC possuem a maioria das crianças-soldados na Colômbia, aproximadamente 20% a 30% dos guerrilheiros possuem menos de 18 anos[]. Crianças que tentam escapar às fileiras podem ser punidas com tortura e morte por um pelotão de fuzilamento. Quanto às mulheres membros, a Human Rights Watch constata que uma das razões pela qual elas integram a organização é a fim de escapar do abuso sexual. Mulheres guerrilheiras possuem as mesmas prerrogativas e chances de serem promovidas como os homens. Contudo, meninas na guerrilha ainda estão submissas às pressões sexuais. Mesmo que o violo e o molestamento sexual não seja tolerado, vários comandantes homens usam seu poder para ter relações sexuais com garotas de baixa idade. Meninas como de 12 anos são obrigadas a usar contraceptivos, e devem abortar caso fiquem grávidas".
O
Departamento de Estado dos Estados Unidos da América inclui as FARC-EP em sua Lista de Organizações Terroristas Estrangeiras, bem como a União Europeia. Ao todo, 31 países as classificam como grupo terrorista (Colômbia, Peru, Estados Unidos, Canadá[] e a União Europeia). Os governos de outros países latino-americanos como Equador, Bolívia, Brasil, Argentina e Chile não lhes aplicam esta classificação. O governo da Venezuela solicitou que lhes outorgue o status de força beligerante e não lhes considerem um grupo terrorista.
Presentes em 24 dos 32 departamentos da Colômbia concentradas ao sul e leste do país, sobretudo nos departamentos e regiões do
Putumayo, Huila, Nariño, Cauca e Valle del Cauca. Foi reportada a existência de operações militares e acampamentos nos países que fazem fronteira com a Colômbia como a Venezuela, Equador, Panamá[] e Brasil[.
De acordo com um estudo do governo e do exército colombiano
[] esta organização obtém do narcotráfico mais de um bilhão de dólares (78% de seu orçamento ). Segundo estas mesmas fontes, a extorsão (através de vacinas) se traduz numa importante receita, enquanto que o roubo de gado é a terceira maior fonte de financiamento.
Relação com as drogas
Apesar de as FARC serem uma guerrilha narcotraficante, seus soldados são proibidos de consumi-las. O uso de alguma droga representa um grave crime na organização, sendo severamente punida pelos guerrilheiros.
Seqüestros
Pesquisas de opinião pública indicam que as FARC possuem 93% de rejeição na Colômbia. O motivo de tal antipatia, supõe-se, é devido ao fato de as FARC terem seqüestrado seis mil pessoas nos últimos dez anos, mantendo-os em condições sub-humanas. No final de 2007 o grupo tinha perto de oitocentos reféns em cativeiro.
Soldados adolescentes
As FARC são acusadas de recrutar adolescentes como soldados. A
Human Rights Watch estima que as FARC possuem uma parte dos combatentes menores de idade na Colômbia. Estima-se que entre 10 a 20 por cento dos combatentes da FARC têm menos de 21 anos, num total de aproximadamente 3500 combatentes adolescentes[15]. As FARC recrutam boa parte de seus novos membros entre garotos de 10 a 14 anos de idade. Após se embrenharem na selva, os jovens são isolados do mundo exterior, da família e perdem o próprio nome, substituído por um "nome de guerra".
As FARC e o governo de Álvaro Uribe
Parte considerável dos colombianos temem as Farc, muitos destes por considerá-las como grupo terrorista. Esse fato proporciona alta popularidade ao atual presidente da Colômbia,
Álvaro Uribe. Desde o primeiro dia na presidência da Colômbia, Uribe investiu com firmeza – e tropas especiais treinadas com a ajuda dos Estados Unidos – na tarefa de recuperar o controle de seu país não apenas dos comunistas, mas também dos narcotraficantes e das milícias paramilitares de direita. Quando assumiu o cargo, em 2002, estimava-se que a guerrilha comunista circulasse à vontade ou tivesse o controle efetivo de 40% do território colombiano. Essa área era basicamente de florestas e montanhas de difícil acesso. Seu governo empurrou os terroristas aos grotões e conseguiu diminuir o número de seqüestros aumentando o contingente policial e criando unidades especializadas em combater especificamente esse tipo de crime.
Com isso os índices de criminalidade colombianos atingiram em 2005 os níveis mais baixos em 20 anos. Álvaro Uribe tem atualmente (agosto de 2008) uma popularidade de 91%.
Há nele uma motivação pessoal nesta luta: seu pai foi assassinado pelas Farc em 1983.
[Enquanto isso, as FARC têm baixíssima popularidade. Segundo o Gallup, sua rejeição é de 93% e seu apoio é de 1%. Protestos mundiais para a libertação dos reféns reuniram mais de quatro milhões de pessoas (número estimado) e o próprio irmão do atual líder das FARC apelou para que os reféns fossem libertados.
Raúl Reyes
Raúl Reyes, considerado o segundo membro mais importante da FARC[], foi morto em 1 de março de 2008 por um ataque das forças armadas da Colômbia
Era considerado o líder mais moderado na organização e interlocutor da guerrilha com os Governos francês e equatoriano para a libertação da ex-senadora Ingrid Betancourt, refém das FARC desde 2002. Para alguns analistas e oposicionistas colombianos, entre eles o marido de
Ingrid Betancourt, o assassinato de Reyes demonstrou o pouco interesse do Governo em viabilizar a libertação da ex-senadora, hoje a única política de oposição à Uribe que teria viabilidade eleitoral contra um terceiro mandato consecutivo de Uribe. Tal hipótese se mostrou fantasiosa quando o próprio governo, através das Forças Armadas, logrou a libertação de Ingrid Betancourt e mais 14 reféns em 2 de julho de 2008, numa operação que foi classificada por Betancourt como "perfeita".[A morte de Reyes aconteceu em território equatoriano e esta ação desencadeou uma crise diplomática entre a Colômbia, o Equador e a Venezuela.
Iván Ríos
Iván Ríos, cujo verdadeiro nome era Manuel Jesús Muñoz Ortiz, o mais jovem dos integrantes do Secretariado das FARC-EP foi morto por seus próprios soldados em 5 de março de 2008 na zona rural de Albânia, no departamento de Caldas, localizado no Noroeste do país.
Os rebeldes desertores apresentaram ao Exército uma mão decepada do líder guerrilheiro, além de sua identidade, passaporte e computador pessoal.
Operação Traira
Em 1991 um grupo de 40 militantes das Farc invadiu o Brasil e atacou de surpresa um destacamento militar brasileiro às margens do
Rio Traira. Nesse ataque morreram 3 militares brasileiros e 17 ficaram feridos; várias armas, munições e equipamentos foram roubadas. Dias depois o exército brasileiro deflagrou a Operação Traira com a finalidade de afastar os atacantes.

EXÉRCITO DE LIBERTAÇÃO NACIONAL – ELN

O Exército de Libertação Nacional da Colômbia (em
castelhano Ejército de Liberación Nacional, ELN) é uma organização guerrilheira, de inspiração comunista e de caráter político-militar, criado em Simacota em 7 de janeiro de 1965, por Fabio Vasquez Castano, inspirado pela experiência bem sucedida da Revolução Cubana. É o segundo maior grupo rebelde da Colômbia (após as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia, FARC)
Numa sociedade como a colombiana onde as desigualdades sociais se fazem sentir de forma gritante, este movimento atraiu desde o seu início vários padres católicos, inspirados pela
Teologia da Libertação, movimento condenado pela Igreja Católica. Em 1966, a morte em combate de um destes religiosos, o padre guerrilheiro Camilo Torres, adquire um elevado valor simbólico.
Uma parte significativa dos rendimentos do ELN advêm do "imposto de guerra", a que sujeita as companhias petrolíferas, e dos sequestros a troco de resgate, "descobertos" no início dos anos de 1970. O ELN é responsável pela maioria dos seqüestros na Colômbia.
Contrariamente às FARC, o ELN não se dedica ao negócio da droga, ao qual o líder histórico
Manuel Perez, um padre espanhol que chefiou o movimento durante cerca duas décadas (até 1998) sempre se opôs. Não detendo uma máquina militar que se compare à das FARC e não tendo hipótese no confronto direto com as forças do Governo, o ELN dedica-se principalmente à sabotagem de infra-estruturas, nomeadamente da indústria petrolífera e da rede eléctrica.
O ELN teve o seu apogeu durante a segunda metade da década de 1990, altura em que contou com cerca de trinta e cinco mil guerrilheiros. Hoje, tem nas suas fileiras perto de 20 mil homens, que dividem o seu trabalho entre a atividade militar e ações de carácter social.
O Exército de Libertação Nacional, hoje liderado por Nicolás Rodríguez Bautista (Gabino), tem sido afetado pela ação dos paramilitares de extrema-direita que surgiram nos anos de 1980. Sua popularidade tem sido muito afetada pela crescente repulsa dos colombianos aos movimentos de esquerda, assim como por seu apoio aos paramilitares que os combatem.

GRUPO PARAMILITAR DE DIREITA
AUTO DEFESAS UNIDAS DA COLÔMBIA – AUC
As Autodefesas Unidas da Colômbia (em
castelhano Autodefensas Unidas de Colombia, AUC) são o principal grupo terrorista paramilitar de extrema-direita da Colômbia, a organização foi criada em 1997 com o objetivo de combater os terroristas de inspiração marxista da Colômbia, representados pelas Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) e pelo Exército de Libertação Nacional da Colômbia (ELN).
NOTÍCIAS RECENTES SOBRE O TEMA

O Portal de Notícias da Globo
03/09/08 - 15h03 - Atualizado em 03/09/08 - 15h10
Guerrilheiros das Farc desertam em várias regiões colombianas
Da EFE
Bogotá, 3 set (EFE).- Um total de 11 guerrilheiros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) desertaram e se entregaram aos soldados do Exército em distintas regiões do país, informaram hoje fontes militares em Bogotá.
As deserções foram fruto da "pressão das tropas desdobradas em todo o país e do tratamento desumano recebido pelos integrantes " das Farc, informou a agência de notícias do Exército local, "ANE". A agência militar disse que os rebeldes abandonaram a luta armada nas "últimas horas" nos departamentos de Bolívar, Atlántico, Arauca, Valle del Cauca, Chocó, Caquetá, Meta e Guaviare. Os guerrilheiros entregaram, em conjunto, dez armas de fogo e alguns aparatos de comunicação por rádio, entre outros objetos e equipamentos.
Segundo a fonte, os desertores se incorporaram ao chamado Programa de Atendimento Humanitário ao Desmobilizado (Pahd), pelo qual o Ministério da Defesa é responsável.
O Pahd, que foi criado pelo Governo, oferece assistência a membros dos grupos armados ilegais que deixam as armas. EFE

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