segunda-feira, 27 de dezembro de 2010

MAIS UM ANO QUE ACABA... MAS A PAZ AINDA É UM SONHO...

DESDE QUE CRIEI ESTE BLOG... MUITAS COISAS REGISTREI...
MUITAS TENSÕES E CONFLITOS EXPUS PARA TODOS LEREM...
FICO FELIZ POR TER CONQUISTADO ESTE SONHO PESSOAL, QUE ERA DIFÍCIL DE ENCONTRAR PELA NET....
MAS, NÃO CONSIGO REGISTRAR TODAS AS TENSÕES QUE ESTÃO OCORRENDO NO MUNDO....
NÃO CONSEGUÍ ISSO EM 2009, E NESTE ANO, 2010...
ESTA SERÁ MINHA MISSÃO EM 2011.... REGISTRAR TUDO SOBRE OS CONFLITOS...
ATUALIZAR SEMANALMENTE...
TODOS PRECISAM SABER...
MAS GOSTARIA DE PODER REGISTRAR QUE NESTE MUNDO OS CONFLITOS ACABARAM, AS TENSÕES FINDARAM...
MAS É UM SONHO MEU...
DESEJAR E SONHAR COM A PAZ...
MAS, ENQUANTO ELA NÃO VEM, VOU REGISTRANDO AS RELAÇÕES HUMANAS, CHEIAS DE TENSÕES, DIÁLOGOS, GUERRAS, MASSACRES, CONFLITOS...
MAS,
GOSTARIA QUE 2011 FOSSE DE MAIS PAZ...
ESSE É O MEU DESEJO PARA VOCE E TODOS QUE LÊEM ESTE BLOG...
FELIZ 2011....
PROF. MARIO FERNANDO DE MORI

sábado, 18 de dezembro de 2010

GUERRA DAS CORÉIAS - PARTE 2

ENTRA ANO, SAI ANO, E AS CORÉIAS, DESDE SUA GUERRA NOS ANOS 50, AINDA VIVEM TENSÕES, AMEAÇAS, INTERFERÊNCIAS EXTERNAS, QUE ORA PRODUZEM APROXIMAÇÃO, ORA ´PRODUZEM TENSÕES, COMO AS QUE ASSISTIMOS ATUALMENTE....
NOS JORNAIS DE HOJE, CIRCULAM...
Tensão entre Coreias é 'barril de pólvora', diz enviado dos EUA,
BBC - BRASIL 18/12/2010


China e Rússia pediram fim da escalada de tensões
Um enviado não-oficial americano para a questão coreana, Bill Richardson, qualificou neste sábado a tensão entre a Coreia do Sul e do Norte como "um barril de pólvora", após uma visita à capital norte-coreana, Pyongyang.
Em uma entrevista à rede de TV CNN depois da viagem, ele disse que fez "pequenos avanços" na promoção do diálogo entre os dois vizinhos e que pediu às autoridades norte-coreanas para exercer "moderação" diante das tensões.
"Neste momento, (a situação) é um barril de pólvora", afirmou Richardson.
"O que precisamos fazer agora é não apenas acalmar as coisas, mas considerar as medidas que podem ser tomadas pelos norte-coreanos, especialmente, quem sabe, permitir o acesso à agência atômica internacional (AIEA) para que examine o arsenal (norte-coreano)."
A visita ocorre no momento em que a Coreia do Sul se prepara para realizar manobras militares no Mar Amarelo, em resposta ao ataque a míssil norte-coreano que matou quatro sul-coreanos no mês passado.
"Pedi extremo comedimento. Vamos acalmar as coisas. Evitar as reações. Deixemos os exercícios acontecerem", afirmou o enviado.
"Minha impressão dos norte-coreanos é que eles estão buscando formas de moderar as coisas. Talvez isto continue hoje, espero."
Richardson, que é governador do Estado do Novo México, viajou por sua própria conta à Coreia do Norte - com quem os EUA não têm relações diplomáticas -, mas no passado já exerceu a função de moderador entre os dois vizinhos.

Exercícios militares
A agência de notícias sul-coreana, Yonhap, noticiou que os exercícios militares com artilharia devem ser realizados no início da próxima semana, devido ao mau tempo neste fim de semana.
Ataque a ilha em região disputada matou quatro sul-coreanos
A simulação de um dia está marcada para ocorrer entre este sábado e a terça-feira na região da ilha de Yeonpyeong, perto da fronteira em disputa entre os dois países.
A mídia estatal norte-coreana tem advertido que, se os exercícios forem levados adiante, o país pode atacar o sul em maior escala que o ataque anterior, em caráter "imprevisível" e "de autodefesa".
Na ofensiva norte-coreana à Coreia do Sul, em 23 de novembro, quatro soldados e dois civis sul-coreanos morreram.
A Chila advertiu que um conflito entre os dois vizinhos desestabilizaria a região e pediu que ambos os governos evitem a escalada da tensão. Mas o governo chinês até agora se limitou a expressar "grande preocupação" com a possibilidade.
Na sexta-feira, a Rússia - que faz fronteira com a Coreia do Norte - pediu às autoridades americanas e sul-coreanas que cancelem os exercícios militares.
O QUE DIZER DE TUDO ISSO ? 
SERÁ QUE SÃO SÓ ANALISTAS CATASTROFISTAS, OU REALIDADE POSSÍVEL ?
É VER PARA CRER.... E ESPERAR...
QUE O MUNDO NÃO SE DEIXE LEVAR POR UM CONFLITO NUCLEAR NESTA PORÇÃO DO MUNDO....

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

FOCO 57: TENSÕES ENTRE EUA E IRÃ...

As tensões crescentes entre Estados Unidos e Irã, em torno do programa nuclear iraniano, têm ocupado um espaço considerável na mídia. O foco dos noticiários, invariavelmente, recai sobre as tentativas diplomáticas, e ameaças de uso da força, por parte do governo norte-americano, contra a insistência do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, em não acatar as decisões do Conselho de Segurança da ONU que exigem o fim do programa de enriquecimento de urânio do país. De um lado, Ahmadinejad insiste que seu programa nuclear visa fins exclusivamente pacíficos; de outro, George W. Bush acusa o Irã de tentar construir ogivas nucleares, capazes de colocar em risco a segurança não só dos norte-americanos, mas, principalmente, de seu principal aliado no Oriente Médio, Israel. Dada a atual situação de extrema tensão que se configura nas relações entre Washington e Teerã, é válido questionar quais são as dinâmicas internas, nos Estados Unidos, que estão levando o país a considerar um ataque maciço contra o Irã.


A percepção norte-americana de que o Irã representa um inimigo a ser combatido remonta ao ano de 1979, quando a Revolução Iraniana derrubou do poder o Xá Reza Pahlevi, o maior aliado estadunidense no Oriente Médio, e colocou em seu lugar o Aiatolá Khomeini, um líder espiritual e político altamente comprometido com a libertação de seu país da dominação ocidental, que ele entendia estar representada na figura do “Grande Satã” americano. Desde então, as relações entre americanos e iranianos sempre foram tensas, mas a situação de conflito iminente que ora se apresenta, repousa sobre três fatores essenciais a serem aqui considerados.

Em primeiro lugar, aqueles que hoje controlam o poder na Casa Branca entendem que existe um grupo de países que visa a desestabilização do sistema internacional, o chamado “eixo do mal”, no qual o Irã está incluído, juntamente com a Coréia do Norte e o Iraque. O regime de Saddam Hussein foi destruído e os norte-coreanos já acenam com a possibilidade de um acordo. Dentro dessa perspectiva, só resta submeter o Irã, que é percebido como uma fonte de desestabilização sistêmica porque interfere nas dinâmicas do jogo político no Oriente Médio via apoio financeiro ao Hezbollah no Líbano e a grupos radicais na Palestina, alterando a correlação de forças na região contra Israel.

Em segundo lugar, Washington é seletivo em relação àqueles países que recebem seu veto para o desenvolvimento de programas nucleares: a Índia e o Paquistão, por exemplo, possuem ogivas nucleares e nem por isso enfrentam qualquer tipo de problemas ou sanções por parte dos Estados Unidos ou da ONU. Mas a Índia não é um país muçulmano e, embora o Paquistão o seja, esse está localizado no sul da Ásia, não no Oriente Médio, onde só a Israel é permitido o poder nuclear. Além disso, o Paquistão é o que se pode chamar de um “lacaio político” estadunidense, ao passo que o Irã é, hoje, o grande “desafiante” da supremacia militar israelense na região e um país altamente comprometido com a defesa e a expansão dos valores muçulmanos.

Por fim, o lobby israelense em Washington como um fator essencial para o entendimento da escalada das tensões entre americanos e iranianos deve ser analisado. Por décadas, o debate sobre o poder que a comunidade sionista exercia sobre as ações de política externa americana para o Oriente Médio ficou adormecido, exatamente porque jornalistas, intelectuais e acadêmicos temiam que esse tipo de reflexão os colocasse na mira de grupos que percebem qualquer crítica a Israel como um ato anti-semita. John Mearsheimer e Stephen Walt romperam o silêncio em 2006, com a publicação de um artigo que esmiuçava o papel que grupos lobistas israelenses desempenhavam nas decisões políticas americanas para o Oriente Médio. A partir daí, desconsiderar o peso desses grupos para a dinâmica das relações entre Estados Unidos, Israel e Irã é uma falha que nenhum analista deve cometer. Dentro dessa perspectiva, o Irã deve ser atacado e, se possível, destruído, não porque representa uma ameaça aos norte-americanos, mas porque ameaça a supremacia israelense no Oriente Médio. Embora Israel possua uma capacidade militar descomunal, se comparada ao Irã, ou a qualquer outro país da região, a possibilidade do regime iraniano desenvolver artefatos nucleares capazes de atingir Tel-Aviv irá alterar dramaticamente a posição israelense na região, pois um Irã nuclear, aliado da Síria, do Hezbollah e de grupos radicais palestinos obrigará Israel a fazer aquilo a que o país vem se negando desde a sua criação: fazer concessões em nome da paz.

Em suma, por trás do discurso americano, insistentemente repetido pela mídia, de que um Irã nuclear representaria uma ameaça à paz mundial, repousam interesses de manutenção da hegemonia norte-americana no globo e da sustentação da posição israelense como único poder nuclear no Oriente Médio.
Silvia Ferabolli, Mestre em Relações Internacionais pela UFRGS, especialista em assuntos políticos de Oriente Médio. Endereço eletrônico: silviaferabolli@terra.com.br
Artigo publicado na edição nº 376, maio de 2007, página 5.

As tensões entre os Estados Unidos e o Irã voltaram a emergir ontem, depois que o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas americanas, almirante Mike Mullen, afirmou que seu país tem um plano pronto para atacar o Irã. Ele ressaltou, no entanto, que uma ação militar seria provavelmente uma má ideia e que está extremamente preocupado com as consequências que uma ofensiva como essa pode ter. As declarações da mais alta autoridade militar americana repercutiram de forma contundente em Teerã, com a promessa da Guarda Revolucionária de dar uma “resposta esmagadora” aos EUA e a Israel se qualquer um dos países atacar a nação islâmica. As ameaças ocorrem no momento em que o Exército americano se prepara para ativar um escudo antimíssil no sul da Europa como parte dos esforços para impedir o programa nuclear iraniano.


A notícia é do jornal O Globo, 02-08-2010.

Mullen já afirmou algumas vezes que uma ação militar contra o Irã teria sérios e imprevisíveis efeitos em cascata para o Oriente Médio.
Ao mesmo tempo, diz que o risco de Teerã desenvolver uma bomba atômica é inaceitável. Em entrevista à emissora americana NBC, o chefe do Estado-Maior não respondeu qual risco seria pior, mas, sem entrar em detalhes, confirmou que o Exército tem um plano em mãos.
— As opções militares estiveram sobre a mesa e continuam estando — declarou Mullen, acrescentando que qualquer decisão sobre um possível ataque teria que ser tomada pelo presidente Barack Obama.
— Para ser muito franco, qualquer uma das opções me preocupa muito.
Horas após a entrevista, o comandante da Guarda Revolucionária do Irã voltou suas atenções para Israel e os Estados Unidos, afirmando que Teerã não acreditava que seu inimigo teria capacidade para atacá-lo.
— Segurança no Golfo Pérsico para todos ou para ninguém. O Golfo é uma região estratégica. Se a segurança nessa região ficar comprometida, eles sofrerão também, e nossa resposta será dura — afirmou o vice-comandante político da Guarda, general Yadollah Javani.
— O Irã dará uma resposta esmagadora aos inimigos. Embaixador ameaça deixar Tel Aviv em chamas
Os EUA e Israel já declararam no passado que a opção de atacar o Irã deve ser mantida sobre a mesa, mas evitavam dizer se havia um plano pronto para isso. Ontem, o embaixador iraniano na ONU alertou que Teerã atacaria Tel Aviv se Israel se atravesse a agredir o Irã.
— Se o regime sionista cometer a menor das agressões contra o solo iraniano, vamos deixar Tel Aviv em chamas — ameaçou Mohammad Khazai.
As tensões entre os EUA e o Irã vêm aumentando. Ontem, Teerã rejeitou o pedido de Obama para libertar três jovens americanos presos há mais de um ano, que teriam ultrapassado a fronteira com o Iraque. As ações contra o programa nuclear iraniano também continuam. Segundo o “Washington Post”, o Pentágono está fechando um acordo para ativar uma importante estação de radar na Turquia ou Bulgária. A instalação pode colocar em operação parte de um escudo antimísseis no sul da Europa já no ano que vem. Ao mesmo tempo, os EUA trabalham com Israel e aliados no Golfo Pérsico para aumentar suas capacidades de defesa antimísseis.

domingo, 25 de julho de 2010

FOCO 37: A CORÉIA DO NORTE AFRONTA OS EUA !

AIMA, O MAPA DAS CORÉIAS E ILUSTRAÇÃO DAS TENSÕES ENTRE ELAS...

ACIMA, A MARINHA AMERICANA, SÍNDO EM DIREÇÃO AO MAR DAS CORÉIAS, PARA EXERCÍCIOS CONJUNTOS COM A CORÉIA DO SUL, AS TENSÕES AUMENTAM... E O QUE ESPERAR ?
OS EXERCÍCIOS CONJUNTOS ENTRE CORÉIA DO SUL E EUA, AFRONTAM A BÉLICA CORÉIA DO NORTE, E GERA TENSÕES NESTA PORÇÃO DA ÁSIA...

LEIA E VEJA MAIS SOBRE O TEMA, EM PUBLICAÇÕES ANTERIORES...
FEITAS AQUÍ MESMO EM 2008...

Washington e Seul fazem demonstração de força diante de Pyongyang

Estados Unidos e Coreia do Sul começaram neste domingo uma rodada de quatro dias de exercícios militares de grande escala no Mar do Japão como demonstração de força diante da Coreia do Norte, que considerou tal evento uma provocação e fez ameaças de guerra em represália. O porta-aviões nuclear americano "George Washington", com capacidade para transportar 97 mil toneladas, partiu nesta madrugada (horário local) do porto sul-coreano de Busan com destino ao interior do Mar do Japão, escoltado por vários navios lança-mísseis.
Com cerca de 80 aeronaves a bordo, entre elas caças F18 e aviões espiões E-2C, o "George Washington" lidera a maior mobilização de unidades em exercícios militares na Coreia do Sul em mais de três décadas, segundo a agência local Yonhap. Por meio dessas manobras conjuntas, os dois países aliados pretendem enviar uma mensagem de força ao regime comunista de Kim Jong-il, após o afundamento em março da corveta sul-coreana "Cheonan" no Mar Amarelo, perto da fronteira com o Norte.
Uma equipe internacional de investigadores concluiu em maio que a embarcação foi abatida por um torpedo norte-coreano, mas Pyongyang nega responsabilidade no incidente e afirma que as provas da investigação foram fabricadas pelo vizinho do sul. Nesta segunda-feira, completam-se quatro meses desse afundamento, que deixou 46 marinheiros mortos, elevou as tensões na península coreana e levou os Estados Unidos e a Coreia do Sul a organizarem, em resposta, os exercícios "defensivos" iniciados neste domingo.
Nas operações, participam oito mil soldados das Forças Armadas dos dois países, além de vários navios da Sétima Frota da Marinha americana, pelo menos um submarino nuclear e 200 aviões de combate, entre eles vários F-22 Raptors. Esses aviões, que sobrevoarão pela primeira vez o espaço aéreo sul-coreano, podem alcançar o dobro da velocidade do som e são invisíveis aos radares.
O porta-aviões "George Washington" tem, por sua vez, um rádio operacional de 1 mil quilômetros, o que significa que nestes exercícios teria capacidade para alcançar o território da Coreia do Norte e inclusive ir além. "Mostrando a envergadura de nossa capacidade militar, os exercícios enviarão uma clara advertência à Coreia do Norte", assegurou neste domingo o porta-voz militar sul-coreano Kim Kyung-shik, citado pela Yonhap.
Na rodada deste domingo, as forças de ambos os países se concentraram em operações preparatórias para os treinamentos, que incluirão atividades como tiros de artilharia e lançamento de minas marinhas e projéteis anti-submarinos, segundo fontes militares sul-coreanas.
As manobras suscitaram duras críticas do regime comunista de Kim Jong-il, que neste sábado acusou os EUA e sua "marionete" Coreia do Sul de levar a situação à beira do conflito. Pyongyang ameaçou usar seu poder nuclear em uma "guerra santa de represália". Em princípio, Washington e Seul haviam previsto realizar o treinamento conjunto neste mês em águas do Mar Amarelo, entre a costa ocidental da península coreana e a China. No entanto, Pequim, principal aliado da Coreia do Norte, fez oposição, ao considerar a operação uma ameaça para sua segurança. Por isso, em uma aparente concessão à China, EUA e Coreia do Sul mudaram a localização das manobras para a costa oriental da península coreana.
Os exercícios militares são abertamente apoiados pelo Japão, que, segundo fontes oficiais, receia "a ameaça" representada pela Coreia do Norte. Tóquio enviou quatro observadores a bordo do "George Washington". Com o nome de "Espírito Invencível", os exercícios que se desenvolvem deste domingo até quarta-feira no Mar do Japão são os primeiros de uma série que a Coreia do Sul e os EUA realizarão nos próximos meses.
A última vez que Seul e Washington fizeram uma demonstração de força dessa magnitude frente à Coreia do Norte foi em 1976, segundo a Yonhap. Na ocasião, ambos realizaram exercícios militares conjuntos em resposta ao assassinato de dois soldados americanos por oficiais norte-coreanos na cidade fronteiriça de Panmunjom.

FOCO 56: RELAÇÕES CONTURBADAS ENTRE VENEZUELA E COLÔMBIA!

NOSSOS VIZINHOS, VENEZUELA E COLÔMBIA ENTÃO EM PÉ DE GUERRA, E PRECISAMOS ANALISAR ISSO FRIAMENTE, NÃO NO SENTIMENTALISMO DESREGRADO, MAS PELO PONTO DE VISTA DOS DOIS LADOS...
COM ESTAS ENTREVISTAS PODEMOS TER UMA NOÇÃO BEM MAIS SIMPLES DOS PORQUES DESTA CRISE E TENSÃO AQUÍ PRÓXIMO DO BRASIL, E COMO NOSSO PAÍS PODE INTERFERIR NESTA SITUAÇÃO...

Nas últimas semanas, o presidente venezuelano Hugo Chávez passou diversos sinais conciliadores para o mandatário eleito da Colômbia, Juan Manuel Santos, que tomará posse dia 7 de agosto. O retorno também foi promissor: o novo chefe de Estado colombiano revelou-se disposto a construir uma agenda positiva, que permitisse o pleno reatamento entre os dois países.
O comentário é de Breno Altman, jornalista e diretor editorial do site Opera Mundi, 22-07-2010.
Mas a aproximação foi fulminada pela ação de Álvaro Uribe, desconfortável com a autonomia de seu sucessor e o risco de perder espaço na vida política do país. Mesmo sem qualquer incidente que servisse de pretexto, jogou-se nos últimos dias a reativar denúncias sobre supostos vínculos entre as Farc e a administração chavista.
O ápice da performance uribista foi a atual reunião da OEA (Organização dos Estados Americanos), que se realiza em Washington. Bogotá apresentou provas para lá de duvidosas, que sequer foram corroboradas por seus aliados tradicionais, de que a Venezuela estaria protegendo e acobertando atividades guerrilheiras. A reação de Caracas foi dura e imediata.
A decisão pela ruptura de relações diplomáticas, no entanto, pode ser provisória. O próprio presidente Chávez, nas primeiras declarações a respeito dessa atitude, reafirmou a esperança de que Santos arrume a bagunça armada pelo atual ocupante do Palácio de Nariño. Mas reiterou sua disposição de enfrentar e desqualificar a estratégia de Uribe.
O presidente colombiano parece mirar dois objetivos.

O primeiro deles é interno: a reiteração da “linha dura” como política interna facilita sua aposta de manter hegemonia sobre os setores militares e sociais que conseguiu agregar durante seu governo.

O segundo, porém, tem alcance internacional. O uribismo é parte da política norte-americana para combater Chávez e outro governos progressistas; mesmo fora do poder, o líder ultradireitista não quer perder protagonismo e se apresenta como avalista para manter Santos na mesma conduta.
Fontes do Palácio de Miraflores não hesitam em afirmar que as provocações de Uribe, além de fixar seu alvo no presidente venezuelano, seriam estranhamente coincidentes com o discurso de José Serra e Indio da Costa no Brasil, retomando a pauta de eventuais relações entre o PT e a guerrilha colombiana. Esses analistas afirmam que o governante de Bogotá deu um lance para se manter em evidência na disputa regional entre os blocos de esquerda e direita.
Autoridades venezuelanas, nos bastidores, se empenham para que haja uma condenação generelizada, dos países latino-americanos, à conduta de Bogotá e ao cúmplice silêncio norte-americano. Não desejam que outras nações sigam o caminho da ruptura, mas Chávez parece convencido que seu colega colombiano não poderá ser detido com meias-palavras ou atos de conciliação.

O cientista político José Vicente Carrasquero, da Universidade Central da Venezuela, diz que tanto Álvaro Uribe como Hugo Chávez manejaram mal o conflito entre os dois países, que pode trazer problemas para o novo presidente da Colômbia e para o venezuelano.
A entrevista é de Mariana Timóteo da Costa e publicada pelo jornal O Globo, 23-07-2010.
Eis a entrevista.

Quem sai mais prejudicado com a crise?
Juan Manuel Santos (o presidente eleito da Colômbia) herdou uma grande batata quente e pode custar para consertar a relação com a Venezuela. Chávez certamente ganhou, com a decisão de romper com o vizinho, a antipatia dos pelo menos dois milhões de colombianos que vivem na Venezuela — muitos deles inclusive têm dupla cidadania e votam em nosso país. Isso, a dois meses de eleições, pode causar impacto. Mas quem sofre mais é o povo: na fronteira, por questões de segurança; nas cidades venezuelanas, por causa do desabastecimento de produtos que antes comprávamos da Colômbia. Os habitantes de nosso vizinho também, já que milhões dependem do dinheiro que vem da Venezuela para sobreviver.

Quem errou mais? Uribe, ao fazer as acusações contra a Venezuela, ou Chávez, ao anunciar que romperia relações com a Colômbia?

São dois líderes mais semelhantes do que a gente imagina: carismáticos, passionais, vaidosos e que tiveram atitudes intempestivas. Uribe agiria melhor, seria mais elegante, se entregasse este dossiê, que ao que me parece contém informações importantes, ao seu sucessor. Afinal, ele está deixando o poder. Já Chávez deveria — e tinha a obrigação — de reagir às acusações da forma como um chefe de Estado deve reagir: contestando os dados, apresentando soluções. Eu e milhões de eleitores na Venezuela queremos saber se guerrilheiros e terroristas encontram abrigo em nosso país. O governo nunca nos deu uma explicação satisfatória.

Em que isso prejudica os outros países da região?
Só o tempo e os termos desta ruptura, que ainda não estão muito claros, vão nos dizer.

O pesquisador e sociólogo colombiano Alfredo Rangel, da Fundação Segurança e Democracia, diz que a decisão de Hugo Chávez apenas formalizou uma ruptura que já havia, mas acha que a situação pode ser revertida depois que o novo governo da Colômbia tomar posse.
A entrevista é de Mariana Timóteo da Costa e publicada pelo jornal O Globo, 23-07-2010.
Eis a entrevista.

Que consequências esta ruptura trará para Venezuela e Colômbia?
Acho que vai prejudicar setores diplomáticos, consulares e negociações bilaterais. Mas a ruptura apenas formalizou algo que já acontecia: os países brigam há muito tempo, o comércio entre eles caiu 70%, a Colômbia sabe que guerrilheiros vivem na Venezuela e que o país não luta contra isso. As relações terão que recomeçar do zero no dia 7, quando o presidente eleito da Colômbia, Juan Manuel Santos, tomar posse.

O senhor é defensor das políticas de Álvaro Uribe. Ele agiu certo ao apresentar agora essas denúncias, a duas semanas de deixar o governo?
As provas que ele apresentou são realmente novas e as acusações contra a Venezuela, graves. Mas é evidente que Uribe quis mostrar seu desacordo com Santos, que defende normalizar as relações com o vizinho. Os dois querem acabar com o terrorismo e o narcotráfico, só que Uribe “limpou a casa internamente” antes de ir para a fronteira. Não se preocupou em contar com a colaboração da Venezuela. Santos pensa diferente e acho que solucionar esta questão com Chávez será uma das prioridades — e se ele conseguir uma das vitórias — de seu governo. Acho que ele consegue.

O Brasil e a Unasul poderiam ajudar de alguma maneira? A questão pode causar alguma tensão regional?

A Colômbia está distante do Brasil e, por tabela, da Unasul. Tanto que Santos — que está num giro pela América Latina — não vai a Brasília. Caracas tem mais aliados na região do que Bogotá. Seria bom o Brasil começar a trabalhar para equilibrar este quadro. Mas não acredito que este novo capítulo da crise se estenda aos vizinhos.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

FOCO 03: EX-IUGOSLÁVIA E KOSOVO.

ONU E EUA RECONHECEM A INDEPENDÊNCIA DE KOSOVO. E AGORA, COMO FICARÃO OS OUTROS CASOS DE NACIONALISMO DENTRO DA EUROPA??
EUA apoiam independência de Kosovo e pedem Europa unida
Washington respaldou separação da Sérvia em 2008 e agora quer 'futuro comum' para os países
HAIA - O Tribunal Internacional de Haia considerou nesta quinta-feira, 22, que a decisão unilateral da província de Kosovo de declarar independência da Sérvia em 2008 não violou as leis internacionais.
Segundo o tribunal, "não há norma no direito internacional" que não permita declarações de independência. É a primeira das conclusões que tornou pública a Corte de Haia, que repassa desde as 15 horas no horário local (10 horas em Brasília) os antecedentes do fato e os fundamentos de direito sobre a legalidade da declaração unilateral de independência do Kosovo.
"A assembleia do Kosovo tinha poder para tomar decisões que afetassem sua ordem legal", acrescentou o juiz presidente, Hisashi Owada, que apontou que a declaração também não transgrediu a resolução 1244 do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).
O ministro de Exteriores de Kosovo, Skender Hyseni, disse esperar compreensão do lado sérvio em relação à decisão da corte. "Espero que a Sérvia fique do nosso lado, que possamos dialogar em assuntos de interesse mútuo", disse o chanceler, acrescentando que tais conversas só podem ser estabelecidas como "um diálogo entre dois Estados soberanos".
A decisão não tem caráter prático, mas pode renovar a pressão para a retomada de negociações entre Pristina e Belgrado e ter implicações nas negociações para a entrada da Sérvia na União Europeia.
Em 1998, o governo da então Iugoslávia reprimiu separatistas kosovares de origem albanesa. A OTAN bombardeou o país por mais de dois meses em 1999 em retaliação. Os sérvios consideram Kosovo o berço de sua identidade nacional. Mais de 90% da população é de origem albanesa.
A independência do território sérvio havia sido reconhecida por 69 países, entre eles os EUA e a maioria dos países europeus, mas não pela Rússia, China, Brasil e a maioria dos países latino-americanos. A decisão deve fazer com que mais nações aceitem a independência kosovar, o que deixa o país mais perto de entrar na Organização das Nações Unidas (ONU).

terça-feira, 20 de julho de 2010

AGUENTE ESSA !!!! O QUE FALAR DISSO??? NEM CORAGEM EU TENHO DE FAZÊ-LO!!

Os custos das operações militares realizadas pelos Estados Unidos desde os ataques de 11 de Setembro, na chamada guerra ao terrorismo, já superam US$ 1 trilhão (R$ 1,78 trilhão), segundo um relatório do Serviço de Pesquisas do Congresso americano.
Ajustado à inflação, os custos das guerras no Afeganistão, no Iraque e em outros lugares do mundo chegam a US$ 1,15 trilhão (R$ 2 trilhões). O valor perde apenas para os US$ 4,1 trilhões (R$ 7,3 trilhões) gastos na Segunda Guerra (1939-1945).
A comparação foi feita no relatório "Custo das Principais Guerras dos EUA", que tenta avaliar os custos das guerras ao longo de mais de 230 anos, desde a Revolução Americana até a atualidade.
O próprio autor do documento, Stephen Daggett, ressalta que a comparação em um período de tempo tão grande, quando a moeda americana sofreu grandes mudanças de valor, "é problemática".
O valor considerado na época da Segunda Guerra, por exemplo é de US$ 296 bilhões --36% do PIB americano. Já o US$ 1,15 trilhão da guerra contra o terrorismo representa 1% do PIB dos EUA atual.
"Um problema é separar o custo das operações militares dos custos das forças em tempos de paz. Nos últimos anos, o Departamento de Defesa tentou identificar as despesas adicionais de engajar em operações militares, acima dos custos de manter operações militares rotineiras", explica o relatório.
"Os números são problemáticos também por causa das dificuldades de comparar preços de uma era completamente diferente para outra. Talvez um problema mais significativo é que a guerra fica mais cara ao longo do tempo pelo custo da tecnologia e sofisticação, tanto das atividades militares quanto civis", completa.
Em 2007, um orçamento do Congresso americano feito em 2007 estimava que o custo das guerras no Iraque e Afeganistão ficariam em US$ 2,4 trilhões até 2017, mais do que o dobro do valor total.

quarta-feira, 7 de julho de 2010

FOCO 47: TENSÕES EM DARFUR: SUDÃO

O MAPA ACIMA, MOSTRA O SUDÃO, PAÍS PRODUTOR DE PETRÓLEO, E A REGIÃO DE DARFUR, ONDE EU RETIREI, PELA NET, AS UMAGENS ABAIXO:

IMAGENS DE CAMPOS DE REFUGIADOS EM DARFUR...
A NOTÍCIA ABAIXO, PARECE SER UMA DAQUELAS QUE QUEREM MOSTRAR QUE A COMUNIDADE INTERNACIONAL ESTÁ SOLIDÁRIA COM A SITUAÇÃO EM DARFUR, O GENOCÍDIO ASSUSTA O MUNDO... E SÓ VEMOS NOTÍCIAS COMO ESTA ABAIXO...

ENQUANTO ISSO, AS GRANDES POTÊNCIAS E O BRASIL, SE CALAM DIANTE DESTE MASSACRE, E O PAÍS, NADA FAZ....

O PETRÓLEO CONTINUA A MOVER INTERESSES ANTAGÔNICOS, E O POVO É QUEM PAGA O PATO....

O Conselho de Segurança das Nações Unidas expressou hoje sua preocupação com o considerável recrudescimento da violência na região de Darfur no Sudão, após escutar o testemunho de vários responsáveis da ONU e da União Africana (UA) na área.
"O Conselho expressa sua grande preocupação pelo recrudescimento da violência em Darfur e o elevado número de baixas civis", disse o presidente rotativo do órgão, o embaixador mexicano Claude Heller.
O diplomata ressaltou que pede a todas as partes que respeitem o cessar-fogo e que permitam o acesso humanitário às áreas onde se desenvolvem os combates.
Também assinalou que o Conselho pede a todos os movimentos rebeles de Darfur que se unam ao processo de paz e participem de maneira construtiva nas negociações realizadas com o Governo do Sudão em Doha, Catar.
Heller também se referiu à situação no sul do Sudão, onde será realizado um plebiscito de autodeterminação no próximo ano.
Nesse sentido, pediu que se respeite o acordo de paz estabelecido em 2005 e que pôs fim a 20 anos de conflito entre o norte do Sudão, de maioria muçulmana, e o sul, predominantemente cristão e animista.
Em seu discurso na reunião do Conselho, o ex-presidente sul-africano Thabo Mbeki, que preside o painel da União Africana em Darfur (AUPD), informou das ações que se desenvolvem na região para assegurar a paz no sul do país e pôr fim à violência em Darfur.
Entre outras coisas, explicou que no dia 21 de junho serão iniciadas as reuniões com o Governo e os ex-rebeldes do Movimento Popular de Libertação do Sudão (MPLS) para preparar os possíveis cenários após o plebiscito.
No que diz respeito a Darfur, o ex-líder explicou que seu painel prepara um plano de reconciliação com o Governo e respalda as negociações em Doha.
Esta intensa atividade diplomática acontece em meio ao recrudescimento da violência na região sudanesa, especialmente entre forças do Governo de Cartum e o Movimento de Justiça e Igualdade (MJI).
O chefe da missão de paz conjunta da ONU e da UA em Darfur (UNAMID), Ibrahim Gambari, ressaltou que 477 pessoas morreram em maio em enfrentamentos.
O diplomata nigeriano explicou que os enfrentamentos entre os dois grupos continuam e que a segurança em determinadas partes de Darfur "é tensa e volátil".
"É possível observar o movimento de tropas e o aprovisionamento de material dos dois lados, e espera-se que o confronto militar se prolongue por certo tempo se não houver esforços urgentes para assegurar um cessar-fogo", acrescentou.
Gambari lamentou que os deslocamentos de população causados pela violência, que afetam entre dez mil e 50 mil pessoas, tenham complicado as tarefas de proteção dos "capacetes azuis".
Além disso, falou com preocupação por terem lhe negado o acesso desde fevereiro a certas áreas da localidade de Jbeil Marra.
A guerra em Darfur, que explodiu em 2003, já deixou pelo menos 300 mil mortos e obrigou 2,7 milhões de pessoas a abandonarem suas comunidades de origem, segundo dados da ONU.

sexta-feira, 2 de julho de 2010

EM TEMPOS DE COPA DO MUNDO... TORCEMOS PARA QUE A PAZ SEJA REALIDADE NESTE CONTINENTE!

Tripoli, Líbia (PANA) - A tendência atual da resolução das situações de conflitos no continente africano é positiva e merece ser saudada, reforçada e acelerada, declarou em Tripoli o Comissário para a Segurança e Paz da União Africana (UA), Ramadhane Lamamra.
Numa entrevista à PANA no termo da cerimónia de encerramento da quarta reunião dos ministros da Defesa dos países da Comunidade dos Estados Sahelo-Sarianos (CEN-SAD), Lamamra afirmou que progressos notáveis foram registados no plano da aplicação da arquitetura africana de paz e segurança tanto a nível da doutrina como a nível da instrumentação, bem como nas ações apoiadas que estão a ser levadas a cabo para assegurar a efetividade de todo o dispositivo de paz no continente.
Ele lembrou que, desde a instauração, em Março de 2004, do Conselho de Paz e Segurança Africana (CPS) da UA, mais de 230 reuniões sobre diferentes crises registadas no continente foram realizadas por esta instância que tomou decisões importantes, incluindo o desdobramento de operações de apoio à paz em Darfur (conturbada região ocidental do Sudão) e na Somália.

"A nível do grupo de sábios, progressos substanciais foram realizados na aplicação do Sistema Continental de Alerta Rápida", disse o Comissário africano, afirmando que o processo de criação da força africana de entendimento, que é a componente emblemática desta arquitetura, está em curso nas cinco brigadas regionais.

Lamamra sublinhou ainda a determinação da organização continental a promover a paz e a segurança em todos os lugares e em todas circunstâncias, citando, como prova, o desdobramento da Missão da UA na Somália (AMISOM) que efetuou um trabalho notável, embora com meios limitados e em condições particularmente difíceis."Embora progressos consideráveis fossem registados na resolução de algumas crises que afetam o continente, a situação em geral não está menos preocupante", disse.

Ele apelou às partes em causa para redobrar de esforços para promover estratégias de prevenção, gestão e resolução dos conflitos de maneira mais proativa e eficaz.Ele afirmou, por um outro lado, que os esforços envidados a nível da UA para a busca de "soluções africanas para os problemas africanos" deram uma grande credibilidade à organização continental na cena internacional e nas visões das populações africanas.

Lamamra sublinhou também a necessidade para a UA de desenvolver seus próprios mecanismos e capacidades, para além do apoio externo.

"Este processo de se assumir é indispensável e exige um compromisso mais acrescido de todo o mundo bem como a vontade de ultrapassar todas as dificuldades da conjuntura a fim de se escrever a história dum continente que se encarregue resolutamente do seu destino no mundo complexo de hoje e de amanhã", concluiu Lamamra.

segunda-feira, 12 de abril de 2010

RELATÓRIO DE CONFLITOS NO MUNDO...

ENTRA ANO, SAI ANO, E OS CONFLITOS INTERNACIONAIS CONTINUAM EM EVIDÊNCIA PELO MUNDO AFORA... E NESTE COMEÇO DE 2010, JÁ PODEMOS ILUSTRAR NESTA REPORTAGEM, A QUANTIDADE DE CONFLITOS PRESENTES NO MUNDO, DE TODOS OS TIPOS DE CAUSAS....
COMPARE OS ANOS E VERÁS QUE OS TIPOS E CONFLITOS ESTÃO EM UM LIGEIRO AUMENTO.
Enquanto a opinião pública volta suas atenções à ofensiva de Israel sobre a Faixa de Gaza, outros 344 conflitos armados continuam a castigar populações em todo o mundo. Segundo pesquisa feita pelo Instituto de Heidelberg, na Alemanha, entre os conflitos registrados no ano passado, nove são guerras. Em 2007, havia seis guerras em curso no mundo.
Além das guerras, há ainda 30 outros conflitos armados com uso massivo de violência. A pesquisa, chamada Barômetro dos Conflitos, foi finalizada no dia 30 de novembro, antes do fim do cessar-fogo na Faixa de Gaza. Ou seja, a guerra no Oriente Médio não está computada como tal no levantamento, já que vigorava à época uma trégua entre Israel e o Hamas.
O estudo é elaborado pelos pesquisadores do instituto desde 1997 e conta com a colaboração de informantes dos cinco continentes — Clique aqui para ler o relatório em inglês.
Os conflitos são classificados em cinco categorias. As nove guerras, as 30 graves crises e as 95 crises são classifcados como eventos violentos pelo instituto. Em contraponto, há ainda outros 211 conflitos não-violentos, sendo que 129 são manifestos e 82, latentes.

Em comparação com 2007, a situação geral não mudou muito: passou de 344 conflitos para 345. Apesar disso houve agravamento na violência, já que as guerras passaram de seis para nove e as crises graves de 26 para 30. Do total, 227 mantiveram o nível de intensidade de um ano para outro. “O mundo se tornou menos pacífico. Voltamos à situação de quatro ou cinco anos atrás”, afirma a professora Lotta Mayer, editora do Barômetro de Conflitos.
O estudo também mostra quais são os principais motivos dos conflitos armados. Em geral, as disputas acontecem por território, secessão, ideologia, poder nacional e internacional, predominância regional, recursos naturais, autonomia e descolonização.
O Oriente Médio e a África foram responsáveis por três guerras cada. Já na Ásia, houve duas guerras e na Europa, uma. Dessas, quatro já eram classificadas como guerras nos dois anos anteriores — Afeganistão (Talibã), Sudão (Darfur), Somália e Sri Lanka. “O conflito em Darfur é considerado como guerra pelo quinto ano consecutivo, o que indica o endurecimento e a perpetuação do uso massivo de violência”, afirma Mayer.
Quatro crises passaram para categoria de guerra no ano passado — Chade, as ações dos seguidores do clérigo Al SAdr no Iraque; a disputa entre grupos religiosos no Paquistão; e a rebelião dos curdos na Turquia.
Apenas a guerra entre Rússia e Geórgia, que estava em um estado de não-violência, subiu para o estado de guerra, em agosto. Já duas guerras de 2007 caíram para a classificação de crises graves — a resistência à ocupação estrangeira por grupos insurgentes no Iraque e a guerrilha Talibã no Paquistão.
“Existe uma contígua crise na zona entre Chade, Sudão, Etiópia, Somália, Quênia e República Democrática do Congo, onde um número altamente violento de conflitos e inúmeras crises são fatalmente interligados acrescentando a elas intensidade”, avalia Mayer. O agravamento da crise no Congo, por exemplo, que aconteceu em dezembro, não chegou a ser considerado como guerra.
Uma região que também preocupa é a que compreende a Índia e o Paquistão, paises que mantém uma antiga disputa em torno da posse da Caxemira. Mesmo não sendo considerada uma guerra, o conflito é de alta intensidade porque envolve duas potências militares, supostamente dotadas de armas nucleares.
“As tensões aumentaram ao longo da fronteira, na seqüência dos devastadores ataques terroristas em Mumbai, pois se verificou que os terroristas vieram do Paquistão”, afirma a editora do relatório.
Para o instituto, a chegada de Barack Obama à presidência dos Estados Unidos gera uma esperança de que a principal força militar do mundo passe a recorrer mais à diplomacia do que às armas em suas intervenções internacionais. A estratégia de George Bush de pegar pesado na luta contra o terrorismo deixou marcas que devem perdurar por muito tempo na política externa norte-americana.
Com relação à América Latina, o conflito colombiano — entre o governo do país e as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e o Exército de Libertação Nacional (ELN) — não é qualificado como guerra, e sim como crise grave. Outro conflito que afeta a região é o vivido pelo México na luta contra os cartéis do narcotráfico.
Em toda a América, o número de conflitos passou de 41 para 43. Dois terminaram e quatro surgiram — os índios Mapuche contra o governo do Chile, dois conflitos de oposição no Panamá e um no Peru.
O caso dos Mapuche tem interesse especial. Praticamente ignorado pela comunidade internacional, a crise irrompeu em janeiro do ano passado quando o estudante Vatrileo Quezada, de 22 anos, foi morto pela polícia chilena. O incidente gerou uma série de protestos pelo país. Em agosto do ano passado, uma bomba de fabricação caseira atribuída a um grupo Mapuche explodiu em frente à embaixada do Brasil em Santiago.
No Brasil, há apenas uma crise, segundo o instituto. O embate entre o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e o Estado brasileiro , que acontece desde 1995, é considerado um conflito de intensidade manifesta.
FONTE:

segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

FOCO 55: CABINDA: ENTRE CONGO E ANGOLA: PARTE DE ANGOLA.

MAPAS DE CABINDA: LOCALIZAÇÃO NO CONTINENTE AFRICANO
JÁ OUVIU FALAR DE CABINDA ? FOI LÁ QUE ACONJTECEU UM ATAQUE TERROTISTA CONTRA A SELEÇÃO DE FUTEBOL DO TOGO, EM JANEIRO PASSADO, QUE USOU O LOCAL PARA SE DESLOCAR EM DIREÇÃO A ANGOLA, ONDE OCORREU A COPA AFRICANA DE NAÇÕES. VÍTIMAS INOCENTES,... VIOLÊNCIA....

POR QUE? O QUE ELES QUEREM ?

LEIA O QUE ENCONTREI SOBRE O TEMA....

Cabinda é uma das 18 províncias da República de Angola, sendo um EXCLAVE limitado ao norte pela República do Congo, a leste e ao sul pela República Democrática do Congo e pelo Oceano Atlântico. A capital da província de Cabinda é a cidade de Cabinda, conhecida também com o nome de Tchiowa. Tem uma superfície de 7 283 km² e cerca de 265 000 habitantes. Os habitantes de Cabinda são conhecidos como Cabindas ou ainda por "fiotes". O dialeto falado é o Ibinda.
Cabinda, conhecida no passado como Congo Português, foi a parcela do antigo Reino do Congo atribuída a Portugal, por ocasião da Conferência de Berlim (1885), quando simultaneamente nasceram o Congo Belga (ex-Zaire e actual República Democrática do Congo) e o Congo Francês (ex-Congo Brazzaville e actual República do Congo). Na realidade, Cabinda originalmente era unida territorialmente a Angola, mas a Bélgica reivindicou uma saída para o Atlântico para o seu Congo Belga, o que foi concedido por Portugal através de um acordo, selando definitivamente a separação de Cabinda do restante de Angola.
Nas vésperas da referida Conferência, os príncipes e os notáveis de Cabinda assinaram o
Tratado de Simulambuco com Portugal, pelo qual o território de Cabinda passou a ser protectorado luso.
Em 1974, após a
Revolução do 25 de Abril em Portugal, interesses políticos levaram Cabinda a continuar integrada a Angola, com a qual não tem fronteiras comuns. Imediatamente após a independência angolana, a 11 de Novembro de 1975, a Frente de Libertação do Estado de Cabinda (FLEC), reclamando o direito à independência do território devido às diferenças culturais e económicas e por historicamente não fazer parte do território de Angola, empreendeu luta de guerrilha visando a libertação.
História recente
Em
1 de Agosto de 2006, foi assinado um "Memorando de Entendimento para a Paz e a Reconciliação da Província de Cabinda", entre o Governo de Angola e o Fórum Cabindês para o Diálogo (FCD). As delegações da negociação eram chefiadas da parte da República de Angola por Virgílio Fontes Pereira, ministro da Administração do território angolano e da parte das populações de Cabinda por General Doutor António Bento Bembe, ex. presidente da FLEC-Renovada ora FLEC-PLataforma, que por imperativos da fusão entre a sua organização política-militar com a FLEC-Fac (do Miguel Estanislau Boma), passou a ocupar os cargos de Secretário-geral, vice-presidente da Frente de Libertação do Enclave de Cabinda (FLEC) e Presidente do Fórum Cabindês para o Diálogo (FCD) em representação das populações de Cabinda.
Desde a mencionada data, os efectivos da FLEC e das Demais Organizações sob autoridade do Fórum Cabindês para o Diálogo (FCD) foram aquartelados e a
6 de Janeiro de 2007, numa cerimónia de mais alto nível realizada em Cabinda, alguns dos elementos das ex. militares da FLEC foram integrados e incorporados nas Forças Armadas Angolanas (FAA) e na Polícia Nacional. Dois dias depois todos aqueles elementos da FLEC e das demais organizações sob autoridade do Fórum que optaram pela vida activa começaram a sua formação académica conforme previsto nas cláusulas do acordo, no sentido de poderem desempenhar melhor os seus cargos e responsabilidades nacionais.
"Memorando de Entendimento para Paz e Reconciliação em Cabinda" inclui também o "Estatuto Especial para Cabinda".
Não obstante, a população de Cabinda que a princípio via o acordo como uma passo adiante no sentido de desenvolver a região, tem sentido que de prático o governo central e os ex-guerrilheiros agora no governo pouco tem contribuido, visto que apesar de responder por 80% da produção de petróleo do país, tais recursos escoam pelos ralos da corrupção e burocracia de Luanda e o desenvolvimento de Cabinda ainda é um sonho distante.
Bento Bembe é agora ministro sem pasta do governo central e tem propagado aos quatro cantos que não há guerra em Cabinda. De fato, a Flec - agora Frente de Libertação do Estado de Cabinda, com a liderança no exílio de Comandante Antonio Luis Lopes, tem pouco poder de combate depois da deserção e adesismo, mas mantem ataques contra forças do governo nas selvas e também contra instalações de empresas transnacionais terceirizadas a serviço de Luanda. É uma questão que tão cedo não terá fim dada a dependência de Angola do petróleo de Cabinda e também porque sem apoio externo dificilmente a guerrilha logrará êxito total. Para mostrar normalidade Cabinda foi escolhida como uma das sub-sedes da
Copa Africana de Nações de 2010. Mas, no período anterior, o FLEC disparou contra o autocarro que fazia o transporte da seleção do Togo, matando o motorista e ferindo dois jogadores.
Economia
O
petróleo extraído em Cabinda representa cerca de 70% do crude exportado por Angola, e corresponde a mais de 80% das exportações angolanas. Cabinda tornou-se assim o palco de múltiplos interesses internacionais, e, consequentemente, território que tem sido alvo de constantes violações dos Direitos Humanos.