Breve Histórico do Conflito na Argélia !
A Guerra da Argélia ocorreu entre 1954 e 1962, foi o conflito civil pela independência do país, tendo dois principais partidos revolucionários: o FLN (Frente de Libertação Nacional) e o MNA (Movimento Nacional Argelino). Embora ambos quisessem a proclamação de independência da Argélia, havia uma divergência entre os intransigentes da Argélia francesa e os seguidores da política desenvolvida pelo General De Gaullle. De fato surgiram duas guerras, uma contra o domínio francês e outra entre os dois partidos revolucionários argelinos. Quanto à guerra entre o principal partido, FLN, e a França, colonizadora do país desde 1830, foi marcada pelos ataques em massa, ataques terroristas de ambos os lados, além de torturas por parte do lado francês. Essas políticas da França foram escondidas da população francesa, que era claramente contra as crueldades, o governo francês censurou vários jornais e meios de comunicação para esconder a verdade. Na luta contra as correntes do partido MNA, o FLN venceu e após vários conflitos, a França teve que reconhecer a independência da Argélia em 5 de julho de 1962. Os enfrentamentos entre islâmicos e o governo argelino condicionam o presente e o futuro da Argélia, quatro décadas depois da proclamação da República Democrática em 1962.
A difícil luta pela independência (1954-1962) fortaleceu um movimento nacionalista integrado na Frente Nacional de Liberação (FLN) que se instalou no poder, estabelecendo um regime de partido único. As crises econômicas e políticas que assolaram o país, entretanto, fizeram com que dirigentes religiosos inserissem o radicalismo islâmico na vida argelina.
Em 30 de dezembro de 1991, os integrantes da Frente Islâmica de Salvação (FIS) ganharam o primeiro turno das eleições. Seu triunfo, porém, foi barrado pelos militares que obrigaram o presidente Chadli Benvedid a suspender o processo eleitoral, declarar a FIS ilegal e decretar estado de exceção. Diante dessa repressão, o Exército Islâmico de Salvação (EIS) constituiu-se como braço armado da FIS, concentrando seus ataques a alvos militares. Além disso, o Grupo Islâmico Armado (GIA) declarou guerra aos estrangeiros que viviam no país.
Após o golpe militar, Benvedid saiu do poder, que foi passado para o herói da independência Mohamed Budiaf, presidente do Alto Comitê de Estado (ACE), criado especialmente para contornar a crise política. Em 29 de julho de 1992, entretanto, Budiaf foi assassinado e o militar Belaid Abdesalam assumiu a presidência declarando guerra total à Frente Islâmica de Salvação. Desde então, o enfrentamento entre os extremistas islâmicos e as forças do governo tem sido constante, provocando 120 mortes.
Em janeiro de 1994, o Alto Comitê encerrou suas atividades. Foi criado, então, o Conselho Nacional de Transição (CNT), que, substituindo a Assembléia Nacional, impôs uma nova lei eleitoral. Em outubro desse mesmo ano foi eleito como presidente Liamin Zerual ,que assumiu o cargo conclamando a população a dar um basta nos confrontos político-religiosos no país. Para isso, convocou um referendo para modificar a Constituição de 1976 e excluir os partidos religiosos ou regionais.
Em 1997, o Exército Islâmico de Salvação decretou uma trégua unilateral. Porém, as matanças por parte dos grupos radicais continuaram. Dois anos depois, o presidente Abdelaziz Bouteflika concedeu a anistia para vários presos políticos. Numa consulta popular, o povo argelino pronunciou-se a favor da paz no país.
Porém, após a vitória da FLN nas eleições de 2002, em pleno 40º aniversário da independência da Argélia, o terrorismo islâmico voltou a assolar o país, deixando 35 mortos e 80 feridos. Os enfrentamentos entre o governo e os radicais islâmicos têm se mantido sem trégua até os dias atuais.
A difícil luta pela independência (1954-1962) fortaleceu um movimento nacionalista integrado na Frente Nacional de Liberação (FLN) que se instalou no poder, estabelecendo um regime de partido único. As crises econômicas e políticas que assolaram o país, entretanto, fizeram com que dirigentes religiosos inserissem o radicalismo islâmico na vida argelina.
Em 30 de dezembro de 1991, os integrantes da Frente Islâmica de Salvação (FIS) ganharam o primeiro turno das eleições. Seu triunfo, porém, foi barrado pelos militares que obrigaram o presidente Chadli Benvedid a suspender o processo eleitoral, declarar a FIS ilegal e decretar estado de exceção. Diante dessa repressão, o Exército Islâmico de Salvação (EIS) constituiu-se como braço armado da FIS, concentrando seus ataques a alvos militares. Além disso, o Grupo Islâmico Armado (GIA) declarou guerra aos estrangeiros que viviam no país.
Após o golpe militar, Benvedid saiu do poder, que foi passado para o herói da independência Mohamed Budiaf, presidente do Alto Comitê de Estado (ACE), criado especialmente para contornar a crise política. Em 29 de julho de 1992, entretanto, Budiaf foi assassinado e o militar Belaid Abdesalam assumiu a presidência declarando guerra total à Frente Islâmica de Salvação. Desde então, o enfrentamento entre os extremistas islâmicos e as forças do governo tem sido constante, provocando 120 mortes.
Em janeiro de 1994, o Alto Comitê encerrou suas atividades. Foi criado, então, o Conselho Nacional de Transição (CNT), que, substituindo a Assembléia Nacional, impôs uma nova lei eleitoral. Em outubro desse mesmo ano foi eleito como presidente Liamin Zerual ,que assumiu o cargo conclamando a população a dar um basta nos confrontos político-religiosos no país. Para isso, convocou um referendo para modificar a Constituição de 1976 e excluir os partidos religiosos ou regionais.
Em 1997, o Exército Islâmico de Salvação decretou uma trégua unilateral. Porém, as matanças por parte dos grupos radicais continuaram. Dois anos depois, o presidente Abdelaziz Bouteflika concedeu a anistia para vários presos políticos. Numa consulta popular, o povo argelino pronunciou-se a favor da paz no país.
Porém, após a vitória da FLN nas eleições de 2002, em pleno 40º aniversário da independência da Argélia, o terrorismo islâmico voltou a assolar o país, deixando 35 mortos e 80 feridos. Os enfrentamentos entre o governo e os radicais islâmicos têm se mantido sem trégua até os dias atuais.
Atualmente a situação na Argélia continua a ser crítica, já que os massacres e atentados não cessaram. Apesar disso o poder político diz que a situação se encontra estabilizada, não negando porém a ajuda econômica da União Europeia e fazendo os possíveis para manter a cooperação euromediterrânica.
A população civil na Argélia é quem mais sofre, no entanto não se consegue apurar qual a sua verdadeira opinião, uma vez que na Argélia a população aterrorizada tenta tomar partido de uns ou de outros conforme a situação, uma vez que nesta guerra não se pode ser neutro, há que tentar jogar com as facções em conflito de forma a assegurar a sobrevivência, penso que é isso que a população argelina procura fazer, a resistência continua a ser a única forma encontrada pela população para atenuar os ataques terroristas. A necessidade de um pacto civil nacional será talvez a melhor alternativa uma vez que existem divergências de opinião quanto á ingerência internacional no conflito argelino, mas sobretudo devido á disseminação das facções em confronto.
Do ponto de vista do governo, os deputados argelinos têm- se mostrado divididos quanto à intervenção internacional no país. Apesar de considerarem que a situação tem de ser urgentemente alterada. Alguns dos próprios membros do partido criticam as forças de segurança, referindo-se " às medidas tardias face aos massacres e à lentidão com que se processa a ajuda aos refugiados das zonas mais afectadas pela violência". Enquanto alguns partidos defendem a ajuda externa, a FLN, propôs uma moção " em que se proclame a nossa recusa a qualquer tentativa de ingerência estrangeira", no entanto esta moção refere-se certamente à intervenção política, ou dos direitos humanos, uma vez que nada proferiram acerca da ajuda econômica.Como se pode constatar a situação da Argélia continua num impasse, sem resolução à vista pelo menos num futuro próximo.
NOTÍCIAS ATUAIS SOBRE O TEMA
Comunidade internacional condena ataque terrorista na Argélia 20/08/08
Uma escola de polícia militar na Província Boumerdes, no norte da Argélia, foi atacada ontem (19) pela manhã por um terrorista suicida, que matou dezenas de pessoas. A comunidade internacional condenou o ato.
Após o ataque, o ministro do Interior argelino, Yazid Zerhouni, advertiu que o povo tem que se precaver contra ataques terroristas e declarou que vai continuar a combater os extremistas no país. Foi o ataque que deixou mais mortos e feridos nos últimos meses na Argélia. Até agora, nenhuma organização reivindicou a autoria do ataque.
O porta-voz da chancelaria chinesa Qin Gang afirmou na coletiva de imprensa realizada em Beijing que o governo chinês condena também o ataque. Segundo ele, a China se opõe à qualquer forma de terrorismo e apoia firmemente as autoridades argelinas no combate ao terrorismo e na defesa da estabilidade nacional.
A Comissária Européia para as Relações Exteriores, Benita Ferrero-Waldner, condenou em declaração publicada no mesmo dia o ataque terrorista e manifestou sua condolência às vítimas, a seus familiares e ao governo argelino. A declaração disse que uma ação terrorista como esta não vai chegar a nenhum objetivo e sublinhou que a União Européia apóia o combate ao terrorismo da Argélia na base do respeito aos direitos humanos e de governar o país conforme a lei. Como representante da sua organização, o secretário-geral da OTAN, Jaap de Hoop Scheffer, afirmou no mesmo dia que a violência não pode ser perdoada e que a OTAN vai continuar a combater o terrorismo, conjuntamente com a Argélia e os países parceiros do Mediterrâneo da organização. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Andrei Nesterenko, disse ontem que condena fortemente o ataque terrorista ocorrido na Argélia e manifesta condolência aos familiares das vítimas.
Após o ataque, o ministro do Interior argelino, Yazid Zerhouni, advertiu que o povo tem que se precaver contra ataques terroristas e declarou que vai continuar a combater os extremistas no país. Foi o ataque que deixou mais mortos e feridos nos últimos meses na Argélia. Até agora, nenhuma organização reivindicou a autoria do ataque.
O porta-voz da chancelaria chinesa Qin Gang afirmou na coletiva de imprensa realizada em Beijing que o governo chinês condena também o ataque. Segundo ele, a China se opõe à qualquer forma de terrorismo e apoia firmemente as autoridades argelinas no combate ao terrorismo e na defesa da estabilidade nacional.
A Comissária Européia para as Relações Exteriores, Benita Ferrero-Waldner, condenou em declaração publicada no mesmo dia o ataque terrorista e manifestou sua condolência às vítimas, a seus familiares e ao governo argelino. A declaração disse que uma ação terrorista como esta não vai chegar a nenhum objetivo e sublinhou que a União Européia apóia o combate ao terrorismo da Argélia na base do respeito aos direitos humanos e de governar o país conforme a lei. Como representante da sua organização, o secretário-geral da OTAN, Jaap de Hoop Scheffer, afirmou no mesmo dia que a violência não pode ser perdoada e que a OTAN vai continuar a combater o terrorismo, conjuntamente com a Argélia e os países parceiros do Mediterrâneo da organização. O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Andrei Nesterenko, disse ontem que condena fortemente o ataque terrorista ocorrido na Argélia e manifesta condolência aos familiares das vítimas.
2 comentários:
Excelente matéria, me ajudou muito.
Muito bomm mesmo ajudou muito mesmo
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