Tão Difícil quanto saber tudo, é não querer ler o que é mais importante, e assegurar o básico ! este é o objetivo deste Blog: Buscar, através de informações coletadas na Internet, em todas as páginas possíveis, imagináveis, idéias ou informações sobre CONFLITOS NA ATUALIDADE ! Taí, estou realizando um desejo antigo, e a alguns pedidos de meus alunos !
segunda-feira, 27 de dezembro de 2010
MAIS UM ANO QUE ACABA... MAS A PAZ AINDA É UM SONHO...
sábado, 18 de dezembro de 2010
GUERRA DAS CORÉIAS - PARTE 2
segunda-feira, 2 de agosto de 2010
FOCO 57: TENSÕES ENTRE EUA E IRÃ...
As tensões entre os Estados Unidos e o Irã voltaram a emergir ontem, depois que o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas americanas, almirante Mike Mullen, afirmou que seu país tem um plano pronto para atacar o Irã. Ele ressaltou, no entanto, que uma ação militar seria provavelmente uma má ideia e que está extremamente preocupado com as consequências que uma ofensiva como essa pode ter. As declarações da mais alta autoridade militar americana repercutiram de forma contundente em Teerã, com a promessa da Guarda Revolucionária de dar uma “resposta esmagadora” aos EUA e a Israel se qualquer um dos países atacar a nação islâmica. As ameaças ocorrem no momento em que o Exército americano se prepara para ativar um escudo antimíssil no sul da Europa como parte dos esforços para impedir o programa nuclear iraniano.
domingo, 25 de julho de 2010
FOCO 37: A CORÉIA DO NORTE AFRONTA OS EUA !
ACIMA, A MARINHA AMERICANA, SÍNDO EM DIREÇÃO AO MAR DAS CORÉIAS, PARA EXERCÍCIOS CONJUNTOS COM A CORÉIA DO SUL, AS TENSÕES AUMENTAM... E O QUE ESPERAR ?
Estados Unidos e Coreia do Sul começaram neste domingo uma rodada de quatro dias de exercícios militares de grande escala no Mar do Japão como demonstração de força diante da Coreia do Norte, que considerou tal evento uma provocação e fez ameaças de guerra em represália. O porta-aviões nuclear americano "George Washington", com capacidade para transportar 97 mil toneladas, partiu nesta madrugada (horário local) do porto sul-coreano de Busan com destino ao interior do Mar do Japão, escoltado por vários navios lança-mísseis.
Uma equipe internacional de investigadores concluiu em maio que a embarcação foi abatida por um torpedo norte-coreano, mas Pyongyang nega responsabilidade no incidente e afirma que as provas da investigação foram fabricadas pelo vizinho do sul. Nesta segunda-feira, completam-se quatro meses desse afundamento, que deixou 46 marinheiros mortos, elevou as tensões na península coreana e levou os Estados Unidos e a Coreia do Sul a organizarem, em resposta, os exercícios "defensivos" iniciados neste domingo.
Nas operações, participam oito mil soldados das Forças Armadas dos dois países, além de vários navios da Sétima Frota da Marinha americana, pelo menos um submarino nuclear e 200 aviões de combate, entre eles vários F-22 Raptors. Esses aviões, que sobrevoarão pela primeira vez o espaço aéreo sul-coreano, podem alcançar o dobro da velocidade do som e são invisíveis aos radares.
O porta-aviões "George Washington" tem, por sua vez, um rádio operacional de 1 mil quilômetros, o que significa que nestes exercícios teria capacidade para alcançar o território da Coreia do Norte e inclusive ir além. "Mostrando a envergadura de nossa capacidade militar, os exercícios enviarão uma clara advertência à Coreia do Norte", assegurou neste domingo o porta-voz militar sul-coreano Kim Kyung-shik, citado pela Yonhap.
Na rodada deste domingo, as forças de ambos os países se concentraram em operações preparatórias para os treinamentos, que incluirão atividades como tiros de artilharia e lançamento de minas marinhas e projéteis anti-submarinos, segundo fontes militares sul-coreanas.
As manobras suscitaram duras críticas do regime comunista de Kim Jong-il, que neste sábado acusou os EUA e sua "marionete" Coreia do Sul de levar a situação à beira do conflito. Pyongyang ameaçou usar seu poder nuclear em uma "guerra santa de represália". Em princípio, Washington e Seul haviam previsto realizar o treinamento conjunto neste mês em águas do Mar Amarelo, entre a costa ocidental da península coreana e a China. No entanto, Pequim, principal aliado da Coreia do Norte, fez oposição, ao considerar a operação uma ameaça para sua segurança. Por isso, em uma aparente concessão à China, EUA e Coreia do Sul mudaram a localização das manobras para a costa oriental da península coreana.
Os exercícios militares são abertamente apoiados pelo Japão, que, segundo fontes oficiais, receia "a ameaça" representada pela Coreia do Norte. Tóquio enviou quatro observadores a bordo do "George Washington". Com o nome de "Espírito Invencível", os exercícios que se desenvolvem deste domingo até quarta-feira no Mar do Japão são os primeiros de uma série que a Coreia do Sul e os EUA realizarão nos próximos meses.
A última vez que Seul e Washington fizeram uma demonstração de força dessa magnitude frente à Coreia do Norte foi em 1976, segundo a Yonhap. Na ocasião, ambos realizaram exercícios militares conjuntos em resposta ao assassinato de dois soldados americanos por oficiais norte-coreanos na cidade fronteiriça de Panmunjom.
FOCO 56: RELAÇÕES CONTURBADAS ENTRE VENEZUELA E COLÔMBIA!
O comentário é de Breno Altman, jornalista e diretor editorial do site Opera Mundi, 22-07-2010.
Mas a aproximação foi fulminada pela ação de Álvaro Uribe, desconfortável com a autonomia de seu sucessor e o risco de perder espaço na vida política do país. Mesmo sem qualquer incidente que servisse de pretexto, jogou-se nos últimos dias a reativar denúncias sobre supostos vínculos entre as Farc e a administração chavista.
O ápice da performance uribista foi a atual reunião da OEA (Organização dos Estados Americanos), que se realiza em Washington. Bogotá apresentou provas para lá de duvidosas, que sequer foram corroboradas por seus aliados tradicionais, de que a Venezuela estaria protegendo e acobertando atividades guerrilheiras. A reação de Caracas foi dura e imediata.
A decisão pela ruptura de relações diplomáticas, no entanto, pode ser provisória. O próprio presidente Chávez, nas primeiras declarações a respeito dessa atitude, reafirmou a esperança de que Santos arrume a bagunça armada pelo atual ocupante do Palácio de Nariño. Mas reiterou sua disposição de enfrentar e desqualificar a estratégia de Uribe.
O presidente colombiano parece mirar dois objetivos.
Fontes do Palácio de Miraflores não hesitam em afirmar que as provocações de Uribe, além de fixar seu alvo no presidente venezuelano, seriam estranhamente coincidentes com o discurso de José Serra e Indio da Costa no Brasil, retomando a pauta de eventuais relações entre o PT e a guerrilha colombiana. Esses analistas afirmam que o governante de Bogotá deu um lance para se manter em evidência na disputa regional entre os blocos de esquerda e direita.
Autoridades venezuelanas, nos bastidores, se empenham para que haja uma condenação generelizada, dos países latino-americanos, à conduta de Bogotá e ao cúmplice silêncio norte-americano. Não desejam que outras nações sigam o caminho da ruptura, mas Chávez parece convencido que seu colega colombiano não poderá ser detido com meias-palavras ou atos de conciliação.
A entrevista é de Mariana Timóteo da Costa e publicada pelo jornal O Globo, 23-07-2010.
Eis a entrevista.
Juan Manuel Santos (o presidente eleito da Colômbia) herdou uma grande batata quente e pode custar para consertar a relação com a Venezuela. Chávez certamente ganhou, com a decisão de romper com o vizinho, a antipatia dos pelo menos dois milhões de colombianos que vivem na Venezuela — muitos deles inclusive têm dupla cidadania e votam em nosso país. Isso, a dois meses de eleições, pode causar impacto. Mas quem sofre mais é o povo: na fronteira, por questões de segurança; nas cidades venezuelanas, por causa do desabastecimento de produtos que antes comprávamos da Colômbia. Os habitantes de nosso vizinho também, já que milhões dependem do dinheiro que vem da Venezuela para sobreviver.
Só o tempo e os termos desta ruptura, que ainda não estão muito claros, vão nos dizer.
A entrevista é de Mariana Timóteo da Costa e publicada pelo jornal O Globo, 23-07-2010.
Eis a entrevista.
Que consequências esta ruptura trará para Venezuela e Colômbia?
As provas que ele apresentou são realmente novas e as acusações contra a Venezuela, graves. Mas é evidente que Uribe quis mostrar seu desacordo com Santos, que defende normalizar as relações com o vizinho. Os dois querem acabar com o terrorismo e o narcotráfico, só que Uribe “limpou a casa internamente” antes de ir para a fronteira. Não se preocupou em contar com a colaboração da Venezuela. Santos pensa diferente e acho que solucionar esta questão com Chávez será uma das prioridades — e se ele conseguir uma das vitórias — de seu governo. Acho que ele consegue.
sexta-feira, 23 de julho de 2010
FOCO 03: EX-IUGOSLÁVIA E KOSOVO.
Washington respaldou separação da Sérvia em 2008 e agora quer 'futuro comum' para os países
"A assembleia do Kosovo tinha poder para tomar decisões que afetassem sua ordem legal", acrescentou o juiz presidente, Hisashi Owada, que apontou que a declaração também não transgrediu a resolução 1244 do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).
O ministro de Exteriores de Kosovo, Skender Hyseni, disse esperar compreensão do lado sérvio em relação à decisão da corte. "Espero que a Sérvia fique do nosso lado, que possamos dialogar em assuntos de interesse mútuo", disse o chanceler, acrescentando que tais conversas só podem ser estabelecidas como "um diálogo entre dois Estados soberanos".
A decisão não tem caráter prático, mas pode renovar a pressão para a retomada de negociações entre Pristina e Belgrado e ter implicações nas negociações para a entrada da Sérvia na União Europeia.
Em 1998, o governo da então Iugoslávia reprimiu separatistas kosovares de origem albanesa. A OTAN bombardeou o país por mais de dois meses em 1999 em retaliação. Os sérvios consideram Kosovo o berço de sua identidade nacional. Mais de 90% da população é de origem albanesa.
A independência do território sérvio havia sido reconhecida por 69 países, entre eles os EUA e a maioria dos países europeus, mas não pela Rússia, China, Brasil e a maioria dos países latino-americanos. A decisão deve fazer com que mais nações aceitem a independência kosovar, o que deixa o país mais perto de entrar na Organização das Nações Unidas (ONU).
terça-feira, 20 de julho de 2010
AGUENTE ESSA !!!! O QUE FALAR DISSO??? NEM CORAGEM EU TENHO DE FAZÊ-LO!!
Ajustado à inflação, os custos das guerras no Afeganistão, no Iraque e em outros lugares do mundo chegam a US$ 1,15 trilhão (R$ 2 trilhões). O valor perde apenas para os US$ 4,1 trilhões (R$ 7,3 trilhões) gastos na Segunda Guerra (1939-1945).
A comparação foi feita no relatório "Custo das Principais Guerras dos EUA", que tenta avaliar os custos das guerras ao longo de mais de 230 anos, desde a Revolução Americana até a atualidade.
O próprio autor do documento, Stephen Daggett, ressalta que a comparação em um período de tempo tão grande, quando a moeda americana sofreu grandes mudanças de valor, "é problemática".
O valor considerado na época da Segunda Guerra, por exemplo é de US$ 296 bilhões --36% do PIB americano. Já o US$ 1,15 trilhão da guerra contra o terrorismo representa 1% do PIB dos EUA atual.
"Um problema é separar o custo das operações militares dos custos das forças em tempos de paz. Nos últimos anos, o Departamento de Defesa tentou identificar as despesas adicionais de engajar em operações militares, acima dos custos de manter operações militares rotineiras", explica o relatório.
"Os números são problemáticos também por causa das dificuldades de comparar preços de uma era completamente diferente para outra. Talvez um problema mais significativo é que a guerra fica mais cara ao longo do tempo pelo custo da tecnologia e sofisticação, tanto das atividades militares quanto civis", completa.
Em 2007, um orçamento do Congresso americano feito em 2007 estimava que o custo das guerras no Iraque e Afeganistão ficariam em US$ 2,4 trilhões até 2017, mais do que o dobro do valor total.
quarta-feira, 7 de julho de 2010
FOCO 47: TENSÕES EM DARFUR: SUDÃO
IMAGENS DE CAMPOS DE REFUGIADOS EM DARFUR...
"O Conselho expressa sua grande preocupação pelo recrudescimento da violência em Darfur e o elevado número de baixas civis", disse o presidente rotativo do órgão, o embaixador mexicano Claude Heller.
O diplomata ressaltou que pede a todas as partes que respeitem o cessar-fogo e que permitam o acesso humanitário às áreas onde se desenvolvem os combates.
Também assinalou que o Conselho pede a todos os movimentos rebeles de Darfur que se unam ao processo de paz e participem de maneira construtiva nas negociações realizadas com o Governo do Sudão em Doha, Catar.
Heller também se referiu à situação no sul do Sudão, onde será realizado um plebiscito de autodeterminação no próximo ano.
Nesse sentido, pediu que se respeite o acordo de paz estabelecido em 2005 e que pôs fim a 20 anos de conflito entre o norte do Sudão, de maioria muçulmana, e o sul, predominantemente cristão e animista.
Em seu discurso na reunião do Conselho, o ex-presidente sul-africano Thabo Mbeki, que preside o painel da União Africana em Darfur (AUPD), informou das ações que se desenvolvem na região para assegurar a paz no sul do país e pôr fim à violência em Darfur.
Entre outras coisas, explicou que no dia 21 de junho serão iniciadas as reuniões com o Governo e os ex-rebeldes do Movimento Popular de Libertação do Sudão (MPLS) para preparar os possíveis cenários após o plebiscito.
No que diz respeito a Darfur, o ex-líder explicou que seu painel prepara um plano de reconciliação com o Governo e respalda as negociações em Doha.
Esta intensa atividade diplomática acontece em meio ao recrudescimento da violência na região sudanesa, especialmente entre forças do Governo de Cartum e o Movimento de Justiça e Igualdade (MJI).
O chefe da missão de paz conjunta da ONU e da UA em Darfur (UNAMID), Ibrahim Gambari, ressaltou que 477 pessoas morreram em maio em enfrentamentos.
O diplomata nigeriano explicou que os enfrentamentos entre os dois grupos continuam e que a segurança em determinadas partes de Darfur "é tensa e volátil".
"É possível observar o movimento de tropas e o aprovisionamento de material dos dois lados, e espera-se que o confronto militar se prolongue por certo tempo se não houver esforços urgentes para assegurar um cessar-fogo", acrescentou.
Gambari lamentou que os deslocamentos de população causados pela violência, que afetam entre dez mil e 50 mil pessoas, tenham complicado as tarefas de proteção dos "capacetes azuis".
Além disso, falou com preocupação por terem lhe negado o acesso desde fevereiro a certas áreas da localidade de Jbeil Marra.
A guerra em Darfur, que explodiu em 2003, já deixou pelo menos 300 mil mortos e obrigou 2,7 milhões de pessoas a abandonarem suas comunidades de origem, segundo dados da ONU.
sexta-feira, 2 de julho de 2010
EM TEMPOS DE COPA DO MUNDO... TORCEMOS PARA QUE A PAZ SEJA REALIDADE NESTE CONTINENTE!
segunda-feira, 12 de abril de 2010
RELATÓRIO DE CONFLITOS NO MUNDO...
Enquanto a opinião pública volta suas atenções à ofensiva de Israel sobre a Faixa de Gaza, outros 344 conflitos armados continuam a castigar populações em todo o mundo. Segundo pesquisa feita pelo Instituto de Heidelberg, na Alemanha, entre os conflitos registrados no ano passado, nove são guerras. Em 2007, havia seis guerras em curso no mundo.
Além das guerras, há ainda 30 outros conflitos armados com uso massivo de violência. A pesquisa, chamada Barômetro dos Conflitos, foi finalizada no dia 30 de novembro, antes do fim do cessar-fogo na Faixa de Gaza. Ou seja, a guerra no Oriente Médio não está computada como tal no levantamento, já que vigorava à época uma trégua entre Israel e o Hamas.
O estudo é elaborado pelos pesquisadores do instituto desde 1997 e conta com a colaboração de informantes dos cinco continentes — Clique aqui para ler o relatório em inglês.
Os conflitos são classificados em cinco categorias. As nove guerras, as 30 graves crises e as 95 crises são classifcados como eventos violentos pelo instituto. Em contraponto, há ainda outros 211 conflitos não-violentos, sendo que 129 são manifestos e 82, latentes.
O estudo também mostra quais são os principais motivos dos conflitos armados. Em geral, as disputas acontecem por território, secessão, ideologia, poder nacional e internacional, predominância regional, recursos naturais, autonomia e descolonização.
O Oriente Médio e a África foram responsáveis por três guerras cada. Já na Ásia, houve duas guerras e na Europa, uma. Dessas, quatro já eram classificadas como guerras nos dois anos anteriores — Afeganistão (Talibã), Sudão (Darfur), Somália e Sri Lanka. “O conflito em Darfur é considerado como guerra pelo quinto ano consecutivo, o que indica o endurecimento e a perpetuação do uso massivo de violência”, afirma Mayer.
Quatro crises passaram para categoria de guerra no ano passado — Chade, as ações dos seguidores do clérigo Al SAdr no Iraque; a disputa entre grupos religiosos no Paquistão; e a rebelião dos curdos na Turquia.
Apenas a guerra entre Rússia e Geórgia, que estava em um estado de não-violência, subiu para o estado de guerra, em agosto. Já duas guerras de 2007 caíram para a classificação de crises graves — a resistência à ocupação estrangeira por grupos insurgentes no Iraque e a guerrilha Talibã no Paquistão.
“Existe uma contígua crise na zona entre Chade, Sudão, Etiópia, Somália, Quênia e República Democrática do Congo, onde um número altamente violento de conflitos e inúmeras crises são fatalmente interligados acrescentando a elas intensidade”, avalia Mayer. O agravamento da crise no Congo, por exemplo, que aconteceu em dezembro, não chegou a ser considerado como guerra.
Uma região que também preocupa é a que compreende a Índia e o Paquistão, paises que mantém uma antiga disputa em torno da posse da Caxemira. Mesmo não sendo considerada uma guerra, o conflito é de alta intensidade porque envolve duas potências militares, supostamente dotadas de armas nucleares.
“As tensões aumentaram ao longo da fronteira, na seqüência dos devastadores ataques terroristas em Mumbai, pois se verificou que os terroristas vieram do Paquistão”, afirma a editora do relatório.
Para o instituto, a chegada de Barack Obama à presidência dos Estados Unidos gera uma esperança de que a principal força militar do mundo passe a recorrer mais à diplomacia do que às armas em suas intervenções internacionais. A estratégia de George Bush de pegar pesado na luta contra o terrorismo deixou marcas que devem perdurar por muito tempo na política externa norte-americana.
Em toda a América, o número de conflitos passou de 41 para 43. Dois terminaram e quatro surgiram — os índios Mapuche contra o governo do Chile, dois conflitos de oposição no Panamá e um no Peru.
O caso dos Mapuche tem interesse especial. Praticamente ignorado pela comunidade internacional, a crise irrompeu em janeiro do ano passado quando o estudante Vatrileo Quezada, de 22 anos, foi morto pela polícia chilena. O incidente gerou uma série de protestos pelo país. Em agosto do ano passado, uma bomba de fabricação caseira atribuída a um grupo Mapuche explodiu em frente à embaixada do Brasil em Santiago.
No Brasil, há apenas uma crise, segundo o instituto. O embate entre o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e o Estado brasileiro , que acontece desde 1995, é considerado um conflito de intensidade manifesta.
segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010
FOCO 55: CABINDA: ENTRE CONGO E ANGOLA: PARTE DE ANGOLA.
POR QUE? O QUE ELES QUEREM ?
LEIA O QUE ENCONTREI SOBRE O TEMA....
Cabinda é uma das 18 províncias da República de Angola, sendo um EXCLAVE limitado ao norte pela República do Congo, a leste e ao sul pela República Democrática do Congo e pelo Oceano Atlântico. A capital da província de Cabinda é a cidade de Cabinda, conhecida também com o nome de Tchiowa. Tem uma superfície de 7 283 km² e cerca de 265 000 habitantes. Os habitantes de Cabinda são conhecidos como Cabindas ou ainda por "fiotes". O dialeto falado é o Ibinda.
Cabinda, conhecida no passado como Congo Português, foi a parcela do antigo Reino do Congo atribuída a Portugal, por ocasião da Conferência de Berlim (1885), quando simultaneamente nasceram o Congo Belga (ex-Zaire e actual República Democrática do Congo) e o Congo Francês (ex-Congo Brazzaville e actual República do Congo). Na realidade, Cabinda originalmente era unida territorialmente a Angola, mas a Bélgica reivindicou uma saída para o Atlântico para o seu Congo Belga, o que foi concedido por Portugal através de um acordo, selando definitivamente a separação de Cabinda do restante de Angola.
Nas vésperas da referida Conferência, os príncipes e os notáveis de Cabinda assinaram o Tratado de Simulambuco com Portugal, pelo qual o território de Cabinda passou a ser protectorado luso.
Em 1974, após a Revolução do 25 de Abril em Portugal, interesses políticos levaram Cabinda a continuar integrada a Angola, com a qual não tem fronteiras comuns. Imediatamente após a independência angolana, a 11 de Novembro de 1975, a Frente de Libertação do Estado de Cabinda (FLEC), reclamando o direito à independência do território devido às diferenças culturais e económicas e por historicamente não fazer parte do território de Angola, empreendeu luta de guerrilha visando a libertação.
História recente
Em 1 de Agosto de 2006, foi assinado um "Memorando de Entendimento para a Paz e a Reconciliação da Província de Cabinda", entre o Governo de Angola e o Fórum Cabindês para o Diálogo (FCD). As delegações da negociação eram chefiadas da parte da República de Angola por Virgílio Fontes Pereira, ministro da Administração do território angolano e da parte das populações de Cabinda por General Doutor António Bento Bembe, ex. presidente da FLEC-Renovada ora FLEC-PLataforma, que por imperativos da fusão entre a sua organização política-militar com a FLEC-Fac (do Miguel Estanislau Boma), passou a ocupar os cargos de Secretário-geral, vice-presidente da Frente de Libertação do Enclave de Cabinda (FLEC) e Presidente do Fórum Cabindês para o Diálogo (FCD) em representação das populações de Cabinda.
Desde a mencionada data, os efectivos da FLEC e das Demais Organizações sob autoridade do Fórum Cabindês para o Diálogo (FCD) foram aquartelados e a 6 de Janeiro de 2007, numa cerimónia de mais alto nível realizada em Cabinda, alguns dos elementos das ex. militares da FLEC foram integrados e incorporados nas Forças Armadas Angolanas (FAA) e na Polícia Nacional. Dois dias depois todos aqueles elementos da FLEC e das demais organizações sob autoridade do Fórum que optaram pela vida activa começaram a sua formação académica conforme previsto nas cláusulas do acordo, no sentido de poderem desempenhar melhor os seus cargos e responsabilidades nacionais.
"Memorando de Entendimento para Paz e Reconciliação em Cabinda" inclui também o "Estatuto Especial para Cabinda".
Não obstante, a população de Cabinda que a princípio via o acordo como uma passo adiante no sentido de desenvolver a região, tem sentido que de prático o governo central e os ex-guerrilheiros agora no governo pouco tem contribuido, visto que apesar de responder por 80% da produção de petróleo do país, tais recursos escoam pelos ralos da corrupção e burocracia de Luanda e o desenvolvimento de Cabinda ainda é um sonho distante.
Bento Bembe é agora ministro sem pasta do governo central e tem propagado aos quatro cantos que não há guerra em Cabinda. De fato, a Flec - agora Frente de Libertação do Estado de Cabinda, com a liderança no exílio de Comandante Antonio Luis Lopes, tem pouco poder de combate depois da deserção e adesismo, mas mantem ataques contra forças do governo nas selvas e também contra instalações de empresas transnacionais terceirizadas a serviço de Luanda. É uma questão que tão cedo não terá fim dada a dependência de Angola do petróleo de Cabinda e também porque sem apoio externo dificilmente a guerrilha logrará êxito total. Para mostrar normalidade Cabinda foi escolhida como uma das sub-sedes da Copa Africana de Nações de 2010. Mas, no período anterior, o FLEC disparou contra o autocarro que fazia o transporte da seleção do Togo, matando o motorista e ferindo dois jogadores.
Economia
O petróleo extraído em Cabinda representa cerca de 70% do crude exportado por Angola, e corresponde a mais de 80% das exportações angolanas. Cabinda tornou-se assim o palco de múltiplos interesses internacionais, e, consequentemente, território que tem sido alvo de constantes violações dos Direitos Humanos.