O mapa acima, se refere à China, e ao Tibete, que é hoje uma província incorporada à República Popular da China, considerada por esta como região autónoma. Possui uma área de aproximadamente 1,2 milhões de quilômetros quadrados (com uma pequena parte, ainda a ser definida, de controle e domínio da Índia). Sobre a questão da soberania tibetana, o governo da República Popular da China e o governo do Tibete em exílio discordam quanto à legitimidade de sua incorporação pela China.
O Tibet, tendo sido invadido pela China, permanece sob ocupação chinesa há mais de 40 anos. O líder político e espiritual do Tibet, o Dalai Lama, foi exilado de seu país, mas continua lutando – de forma puramente pacífica – para libertar sua nação do domínio chinês. Apesar da ocupação chinesa, o povo tibetano faz grandes sacrifícios para preservar sua cultura e religião.
DADOS GERAIS
Língua: tibetanoReligião: budismo tibetanoSituação Atual: O país está sob ocupação chinesa. Chefe de Estado: Dalai Lama (em exílio)Localização Geográfica: O Tibet localiza-se no centro da Ásia e faz fronteira com a Índia, Nepal, Butão, Burma e China.
História do Tibet
A história do Tibet é marcada por guerras e conquistas. Os conflitos entre a China e o Tibet tiveram início durante a dinastia chinesa Tang (618-906 d.C.). No século 13, o Tibet foi conquistado pelo império mongol. Em 1720, foram os chineses, durante a dinastia Ching, que conquistaram o Tibet. Desde então, a China reivindica soberania sobre o território tibetano.
Em 1912, com a queda da dinastia Ching, os tibetanos conseguiram adquirir independência. Os Tibetanos expulsaram da região tropas e oficiais chineses. Em 1913, numa conferência realizada em Shimla, na Índia, britânicos, tibetanos e chineses decidiram que o Tibet seria dividido. Uma parte do Tibet seria anexada à China e permaneceria sob soberania chinesa e outra parte seria autônoma. Ao retornar da Índia em janeiro de 1913, o 13º Dalai Lama declarou oficialmente a independência do Tibet. Porém, o acordo de Shimla nunca foi ratificado pelos chineses, que continuavam a alegar que todo o Tibet pertencia à China. Em 1918, as relações já estremecidas entre o Tibet e a China resultaram em um conflito armado entre as duas nações. A Inglaterra foi um dos países que interveio para tentar negociar uma trégua. Mas esse esforço dos ingleses não foi bem sucedido.
Em 1933, com a morte do 13º Dalai Lama, o Tibet sofreu um maior enfraquecimento político.
Em 1950, o Partido Comunista chinês tomou conta da China. Tropas comunistas invadiram a cidade de Chamdo, localizada na fronteira oriental (leste) do Tibet. Em pouco tempo, as tropas chinesas tomaram a sede do governo local. No dia 11 de novembro de 1950, o governo tibetano manifestou-se contra a agressão chinesa na Organização das Nações Unidas (ONU). Mas a Assembléia Geral da ONU adiou a discussão do problema.
Em 17 de novembro de 1950, o 14º Dalai Lama assumiu a posição de Chefe de Estado do Tibet. O novo líder dos tibetanos tinha apenas 16 anos de idade quando assumiu a liderança política e espiritual de seu país.
Em 23 de maio de 1951, uma delegação tibetana que havia ido à Pequim (capital da China) para negociar a questão do Tibet foi forçada pelo governo chinês a assinar um tratado. O governo chinês ameaçou invadir o Tibet de forma até mais agressiva, caso a delegação tibetana se recusasse a assinar o acordo. O tratado estabelecia que o Tibet seria uma região autônoma da China sob o domínio tradicional do Dalai Lama. Na prática, o Tibet permanecia sob o controle da Comissão Comunista da China.
Em setembro de 1951, o Tibet foi tomado pelas forças comunistas de Mao Zedong (Mao Tse Tung). A ocupação chinesa do Tibet foi marcada pela destruição sistemática de mosteiros, pela opressão religiosa, pelo fim da liberdade política e pelo aprisionamento e assassinato de civis em massa. Ao governar o Tibet, as autoridades chinesas comunistas introduziram reformas agrárias e reduziram significantemente o poder das ordens dos mosteiros, apesar da forte oposição do povo tibetano.
Os tibetanos freqüentemente se rebelavam contra a presença de forças chinesas em seu país. Em 10 de março de 1959, os tibetanos organizaram uma grande revolta contra a China. Neste Levante Nacional Tibetano, ocorrido na capital tibetana de Lhasa, a resistência nacional contra a China atingiu seu auge. Mas a reação chinesa ao levante foi violenta: milhares de tibetanos foram mortos, aprisionados ou exilados.
Temendo por sua própria segurança, o Dalai Lama deixou Lhasa em 17 de março de 1959. Atualmente, a sede do Dalai Lama se localiza na Índia. O Dalai Lama ele viaja pelo mundo para tentar obter apoio internacional à independência de seu país.
O Conflito no Tibet
A China ocupa o Tibet há 50 anos. Uma das conseqüências dessa ocupação chinesa é a existência de mais de cem mil refugiados tibetanos pelo mundo. Até hoje, as Nações Unidas nunca expressaram algum protesto significativo contra a ocupação do Tibet. Desde 1951, os tibetanos têm tentado se rebelar contra a ocupação chinesa, mas seus esforços não foram bem sucedidos. A China alega soberania histórica sobre o Tibet, ameaçando assim a cultura e religião dos tibetanos.
A China tem o objetivo de modernizar o Tibet, pois espera que uma maior prosperidade no país eventualmente conquiste o apoio dos tibetanos à administração chinesa. O governo chinês possui um plano de desenvolvimento para a região e vem construindo prédios, realizando obras e substituindo a tradicional arquitetura tibetana por uma arquitetura moderna, deixando assim as províncias do Tibet cada vez mais semelhantes às cidades chinesas. Além disso, o Tibet está repleto de migrantes chineses que lideram importantes setores da economia. De fato, hoje há mais chineses que tibetanos vivendo no Tibet. Não é de se surpreender que os tibetanos temem que sua cultura e tradições estejam em perigo de extinção.
Oficiais chineses no Tibet afirmam que os tibetanos têm completa liberdade religiosa. Porém, a polícia chinesa está sempre presente em mosteiros e em templos budistas. Os monges têm sido espancados, aprisionados e submetidos à educação política chinesa.
Contudo, a China vem recentemente demonstrado um pouco mais de flexibilidade em relação à sua ocupação do Tibet. No início de 2002, a China libertou seis prisioneiros políticos tibetanos e permitiu que Gyalo Thondup, o irmão do Dalai Lama, visitasse o Tibet.
140 vítimas
Dalai Lama acusa China de mortes no Tibete
Numa entrevista ao "Le Monde", o prémio Nobel da Paz acusa o exército chinês de atirar a matar sobre uma multidão, na região de Kham, no leste da província.
12:39 Quinta-feira, 21 de Ago de 2008
O Dalai Lama diz que "nenhuma abertura foi registada" nas discussões com Pequim
Numa entrevista ao "Le Monde", o Dalai Lama acusa o exército chinês de ter "disparado sobre a multidão" a 18 de Agosto, no leste do Tibete, e indica o número, que "precisa de ser confirmado", de 140 tibetanos mortos.
Ao jornalista que lhe perguntava se a "repressão tinha continuado no Tibete apesar da trégua olímpica", o Dalai Lama respondeu que "o exército chinês ainda disparou sobre a multidão, segunda-feira 18 de Agosto, na região de Kham, no leste do Tibete".
"Cento e quarenta tibetanos terão sido mortos, mas este número precisa de ser confirmado", declarou o chefe espiritual tibetano, numa visita a França. E assegurou, igualmente, que desde o início dos motins, a 10 de Março, "testemunhas fiáveis determinaram que 400 pessoas foram mortas apenas na região de Lhassa. Mortos por balas, quando se manifestavam sem armas"."Se considerarmos todo o Tibete, o número de vítimas é certamente maior. Dez milhares de pessoas foram detidas. Não sabemos onde estão presas", adianta. O prémio Nobel da Paz salienta que o Exército chinês está a construir verdadeiros acampamentos militares".
"A presença militar no Tibete é antiga, mas o frenesi da novas construções, nas regiões de Amdo e de Kham, leva-me a dizer que esta colonização pelo exército se destina a durar", declarou.O Dalai Lama considerou ainda que "nenhuma abertura foi registada" nas discussões com Pequim. "Após os motins de Março e os Jogos Olímpicos acreditámos em sinais positivos. Rapidamente nos desencantámos. Os nossos emissários chocaram contra um muro", disse.
O Tibet, tendo sido invadido pela China, permanece sob ocupação chinesa há mais de 40 anos. O líder político e espiritual do Tibet, o Dalai Lama, foi exilado de seu país, mas continua lutando – de forma puramente pacífica – para libertar sua nação do domínio chinês. Apesar da ocupação chinesa, o povo tibetano faz grandes sacrifícios para preservar sua cultura e religião.
DADOS GERAIS
Língua: tibetanoReligião: budismo tibetanoSituação Atual: O país está sob ocupação chinesa. Chefe de Estado: Dalai Lama (em exílio)Localização Geográfica: O Tibet localiza-se no centro da Ásia e faz fronteira com a Índia, Nepal, Butão, Burma e China.
História do Tibet
A história do Tibet é marcada por guerras e conquistas. Os conflitos entre a China e o Tibet tiveram início durante a dinastia chinesa Tang (618-906 d.C.). No século 13, o Tibet foi conquistado pelo império mongol. Em 1720, foram os chineses, durante a dinastia Ching, que conquistaram o Tibet. Desde então, a China reivindica soberania sobre o território tibetano.
Em 1912, com a queda da dinastia Ching, os tibetanos conseguiram adquirir independência. Os Tibetanos expulsaram da região tropas e oficiais chineses. Em 1913, numa conferência realizada em Shimla, na Índia, britânicos, tibetanos e chineses decidiram que o Tibet seria dividido. Uma parte do Tibet seria anexada à China e permaneceria sob soberania chinesa e outra parte seria autônoma. Ao retornar da Índia em janeiro de 1913, o 13º Dalai Lama declarou oficialmente a independência do Tibet. Porém, o acordo de Shimla nunca foi ratificado pelos chineses, que continuavam a alegar que todo o Tibet pertencia à China. Em 1918, as relações já estremecidas entre o Tibet e a China resultaram em um conflito armado entre as duas nações. A Inglaterra foi um dos países que interveio para tentar negociar uma trégua. Mas esse esforço dos ingleses não foi bem sucedido.
Em 1933, com a morte do 13º Dalai Lama, o Tibet sofreu um maior enfraquecimento político.
Em 1950, o Partido Comunista chinês tomou conta da China. Tropas comunistas invadiram a cidade de Chamdo, localizada na fronteira oriental (leste) do Tibet. Em pouco tempo, as tropas chinesas tomaram a sede do governo local. No dia 11 de novembro de 1950, o governo tibetano manifestou-se contra a agressão chinesa na Organização das Nações Unidas (ONU). Mas a Assembléia Geral da ONU adiou a discussão do problema.
Em 17 de novembro de 1950, o 14º Dalai Lama assumiu a posição de Chefe de Estado do Tibet. O novo líder dos tibetanos tinha apenas 16 anos de idade quando assumiu a liderança política e espiritual de seu país.
Em 23 de maio de 1951, uma delegação tibetana que havia ido à Pequim (capital da China) para negociar a questão do Tibet foi forçada pelo governo chinês a assinar um tratado. O governo chinês ameaçou invadir o Tibet de forma até mais agressiva, caso a delegação tibetana se recusasse a assinar o acordo. O tratado estabelecia que o Tibet seria uma região autônoma da China sob o domínio tradicional do Dalai Lama. Na prática, o Tibet permanecia sob o controle da Comissão Comunista da China.
Em setembro de 1951, o Tibet foi tomado pelas forças comunistas de Mao Zedong (Mao Tse Tung). A ocupação chinesa do Tibet foi marcada pela destruição sistemática de mosteiros, pela opressão religiosa, pelo fim da liberdade política e pelo aprisionamento e assassinato de civis em massa. Ao governar o Tibet, as autoridades chinesas comunistas introduziram reformas agrárias e reduziram significantemente o poder das ordens dos mosteiros, apesar da forte oposição do povo tibetano.
Os tibetanos freqüentemente se rebelavam contra a presença de forças chinesas em seu país. Em 10 de março de 1959, os tibetanos organizaram uma grande revolta contra a China. Neste Levante Nacional Tibetano, ocorrido na capital tibetana de Lhasa, a resistência nacional contra a China atingiu seu auge. Mas a reação chinesa ao levante foi violenta: milhares de tibetanos foram mortos, aprisionados ou exilados.
Temendo por sua própria segurança, o Dalai Lama deixou Lhasa em 17 de março de 1959. Atualmente, a sede do Dalai Lama se localiza na Índia. O Dalai Lama ele viaja pelo mundo para tentar obter apoio internacional à independência de seu país.
O Conflito no Tibet
A China ocupa o Tibet há 50 anos. Uma das conseqüências dessa ocupação chinesa é a existência de mais de cem mil refugiados tibetanos pelo mundo. Até hoje, as Nações Unidas nunca expressaram algum protesto significativo contra a ocupação do Tibet. Desde 1951, os tibetanos têm tentado se rebelar contra a ocupação chinesa, mas seus esforços não foram bem sucedidos. A China alega soberania histórica sobre o Tibet, ameaçando assim a cultura e religião dos tibetanos.
A China tem o objetivo de modernizar o Tibet, pois espera que uma maior prosperidade no país eventualmente conquiste o apoio dos tibetanos à administração chinesa. O governo chinês possui um plano de desenvolvimento para a região e vem construindo prédios, realizando obras e substituindo a tradicional arquitetura tibetana por uma arquitetura moderna, deixando assim as províncias do Tibet cada vez mais semelhantes às cidades chinesas. Além disso, o Tibet está repleto de migrantes chineses que lideram importantes setores da economia. De fato, hoje há mais chineses que tibetanos vivendo no Tibet. Não é de se surpreender que os tibetanos temem que sua cultura e tradições estejam em perigo de extinção.
Oficiais chineses no Tibet afirmam que os tibetanos têm completa liberdade religiosa. Porém, a polícia chinesa está sempre presente em mosteiros e em templos budistas. Os monges têm sido espancados, aprisionados e submetidos à educação política chinesa.
Contudo, a China vem recentemente demonstrado um pouco mais de flexibilidade em relação à sua ocupação do Tibet. No início de 2002, a China libertou seis prisioneiros políticos tibetanos e permitiu que Gyalo Thondup, o irmão do Dalai Lama, visitasse o Tibet.
O governo chinês convidou jornalistas para visitar o Tibet após ter restringido o acesso livre deles à região durante anos.
Em outubro de 2002, representantes do Dalai Lama foram recepcionados pelo governo chinês em Pequim e no Tibet – algo que não ocorria há quase uma década. A China tem o objetivo de apaziguar os tibetanos para melhorar sua imagem perante o mundo. Mas é duvidoso que a China esteja disposta a se retirar do Tibet. As Nações Unidas e os principais líderes mundiais não têm o poder e o interesse de pressionar a China para que haja uma resolução justa do conflito. A China é o país mais populoso do mundo e representa uma das economias de maior potencial. A China é também um dos 5 países de maior poder nas Nações Unidas e tem o direito de vetar qualquer decisão da organização. Portanto, apesar de contar com o apoio moral de pessoas no mundo inteiro, os tibetanos enfrentam uma grande luta para realizar seu sonho de soberania e independência nacional.
Em outubro de 2002, representantes do Dalai Lama foram recepcionados pelo governo chinês em Pequim e no Tibet – algo que não ocorria há quase uma década. A China tem o objetivo de apaziguar os tibetanos para melhorar sua imagem perante o mundo. Mas é duvidoso que a China esteja disposta a se retirar do Tibet. As Nações Unidas e os principais líderes mundiais não têm o poder e o interesse de pressionar a China para que haja uma resolução justa do conflito. A China é o país mais populoso do mundo e representa uma das economias de maior potencial. A China é também um dos 5 países de maior poder nas Nações Unidas e tem o direito de vetar qualquer decisão da organização. Portanto, apesar de contar com o apoio moral de pessoas no mundo inteiro, os tibetanos enfrentam uma grande luta para realizar seu sonho de soberania e independência nacional.
NOTÍCIAS SOBRE O TEMA
140 vítimas
Dalai Lama acusa China de mortes no Tibete
Numa entrevista ao "Le Monde", o prémio Nobel da Paz acusa o exército chinês de atirar a matar sobre uma multidão, na região de Kham, no leste da província.
12:39 Quinta-feira, 21 de Ago de 2008
O Dalai Lama diz que "nenhuma abertura foi registada" nas discussões com Pequim
Numa entrevista ao "Le Monde", o Dalai Lama acusa o exército chinês de ter "disparado sobre a multidão" a 18 de Agosto, no leste do Tibete, e indica o número, que "precisa de ser confirmado", de 140 tibetanos mortos.
Ao jornalista que lhe perguntava se a "repressão tinha continuado no Tibete apesar da trégua olímpica", o Dalai Lama respondeu que "o exército chinês ainda disparou sobre a multidão, segunda-feira 18 de Agosto, na região de Kham, no leste do Tibete".
"Cento e quarenta tibetanos terão sido mortos, mas este número precisa de ser confirmado", declarou o chefe espiritual tibetano, numa visita a França. E assegurou, igualmente, que desde o início dos motins, a 10 de Março, "testemunhas fiáveis determinaram que 400 pessoas foram mortas apenas na região de Lhassa. Mortos por balas, quando se manifestavam sem armas"."Se considerarmos todo o Tibete, o número de vítimas é certamente maior. Dez milhares de pessoas foram detidas. Não sabemos onde estão presas", adianta. O prémio Nobel da Paz salienta que o Exército chinês está a construir verdadeiros acampamentos militares".
"A presença militar no Tibete é antiga, mas o frenesi da novas construções, nas regiões de Amdo e de Kham, leva-me a dizer que esta colonização pelo exército se destina a durar", declarou.O Dalai Lama considerou ainda que "nenhuma abertura foi registada" nas discussões com Pequim. "Após os motins de Março e os Jogos Olímpicos acreditámos em sinais positivos. Rapidamente nos desencantámos. Os nossos emissários chocaram contra um muro", disse.
simplismete absurdo, termos que conviver com uma situação tão desumana. Cadê os EUA para meter o bedelho nessas horas? Só entram na jogada quando ganham algo.
ResponderExcluirE China sempre lutando por sua cultura e tradições como as observadas na abertura das olimpiadas, estam massacrando a cultura dos tibetanos.