sábado, 6 de setembro de 2008

FOCO 13: ESCÓCIA, REINO UNIDO !

Escócia, país e divisão administrativa do Reino Unido que ocupa a parte setentrional da ilha da Grã-Bretanha. A Escócia é limitada ao norte pelo oceano Atlântico, a leste pelo mar do Norte, a sudeste pela Inglaterra, ao sul por Solway Firth e pelo mar da Irlanda e a oeste pelo canal do Norte, que a separa da ilha da Irlanda e do oceano Atlântico. A Escócia compreende 186 ilhas, a maioria delas incluídas em três grupos: as ilhas Hébridas, perto da costa ocidental, as Órcadas, próximas à costa setentrional, e as Shetland, ao nordeste das anteriores. Incluindo as ilhas, a superfície total é de 78.080 km2 e 1.500 km2 de águas interiores. Edimburgo é a capital.

A topografia da Escócia reflete os efeitos da glaciação, sobretudo na costa oeste, com numerosas saliências para o mar, conhecidas na região como lagos marinhos, e largos cursos d'água, denominados firths (estuários). O território pode ser dividido em três áreas diferentes de norte a sul: as Highlands (Terras Altas), as Central Lowlands (Terras Baixas Centrais) e os Southern Uplands (Planaltos do Sul). As Highlands são uma região muito acidentada que possui várias cadeias montanhosas paralelas na direção nordeste-sudeste interrompidas por profundos cânions e vales. A região é atravessada pelos montes Grampian, o principal sistema montanhoso. As Terras Baixas Centrais são uma faixa estreita que cobre um décimo da superfície da Escócia. As Southern Uplands estão constituídas por um planalto de páramos. Os rios e lagos são abundantes. Dentre esses destacam-se os lagos Ness, Oich e Lochy, unidos pelo canal da Caledônia, que liga o oceano Atlântico ao mar do Norte. O clima sofre influência das correntes marinhas. Na região da costa ocidental, que sofre os efeitos da corrente quente do Golfo, o clima é mais suave que na costa oriental.

Os habitantes da Escócia descendem de vários grupos étnicos, tais como pictos, celtas, escandinavos e romanos. De acordo com dados de 1993, a população é de 5.120.000 habitantes e apresenta uma densidade demográfica de aproximadamente 66 hab/km2. A cidade mais povoada é Glasgow (com 654.542 habitantes). Além de Edimburgo, que, de acordo com estimativas de 1991 possuía 421.213 habitantes, são também cidades importantes Dundee (165.548 habitantes) e Aberdeen (201.099 habitantes). A igreja oficial da Escócia é a presbiteriana. A Igreja católica é a segunda mais importante. A língua oficial é o inglês. A Escócia faz parte integrante do Reino Unido. Um gabinete ministerial britânico, presidido pelo secretário de Estado, administra os assuntos escoceses. A Escócia está representada por 72 membros na Câmara dos Comuns e por 16 pares escoceses na Câmara dos Lordes. Ver também Línguas celtas; Língua escocesa; Literatura escocesa.

HISTÓRIA
A Escócia é a Caledônia romana. Os pictos, aos quais uniram-se grupos de britânicos rebeldes, resistiram com êxito à conquista dos romanos, cuja soberania terminou no ano 409 d.C. No começo do século VI, os escotos, invasores celtas, ocuparam a região e estabeleceram o reino de Dalry. Em meados do século VI, os anglos invadiram a maior parte da Caledônia.
A Escócia (Alba, em gaélico; Scotland, em inglês) é uma nação no noroeste da Europa e um dos países que integram o Reino Unido. Ocupa o terço setentrional da ilha da Grã-Bretanha, limita com a Inglaterra ao sul e é banhada pelo Mar do Norte a leste, pelo Oceano Atlântico a norte e oeste e pelo Canal do Norte e pelo Mar da Irlanda a sudoeste. Ademais de parte da Grã-Bretanha, o território escocês inclui mais de 790 ilhas. O mar territorial adjacente no Atlântico Norte e no Mar do Norte contém as maiores reservas de petróleo da União Européia.
A capital Edinburg é um dos maiores centros financeiros europeus. O Reino da Escócia foi um Estado independente até 1º de maio de 1707, quando os Atos de União formalizaram uma união política com o Reino da Inglaterra, de modo a criar o Reino Unido da Grã-Bretanha.
A Escócia continua a ter Estado e jurisdição separados para fins de direito internacional. O direito e o sistema de ensino escoceses, bem como a Igreja da Escócia, têm permitido a continuação da cultura e da identidade nacional escocesas desde a união.

NOTÍCIAS ATUAIS SOBRE O TEMA !

Escoceses já falam em referendo à independência...
O governo minoritário da Escócia, dirigido pelo Partido Nacionalista Escocês de Alex Salmond, lançou uma proposta de reforma que inclui um referendo sobre a independência, mas que tem poucas hipóteses de se realizar - devendo ter sim como resultado uma discussão sobre os poderes do Parlamento de Edimburgo. Mesmo antes do anúncio, feito pelo chefe do governo Alex Salmond, os três principais partidos da oposição (os trabalhistas, conservadores e liberais-democratas) uniram-se, numa acção sem precedentes, declarando-se contra um referendo à independência da Escócia. Segundo as sondagens, um referendo propondo a independência teria uma aprovação de 30 por cento dos escoceses. Mas enquanto estão contra a independência, os partidos da oposição também concordaram que esta seria uma oportunidade para discutir o aumento de poderes do parlamento escocês, que pode regular questões de saúde e educação mas não economia, defesa ou negócios estrangeiros.

O Partido Nacionalista Escocês tinha feito da convocação do referendo uma bandeira eleitoral, vencendo as eleições há cerca de 100 dias, derrotando o Labour - ontem, o antigo primeiro-ministro e líder dos trabalhistas escoceses, Jack McConnell, demitiu-se, como era aliás já esperado.

O pedido de mais poderes para o parlamento de Edimburgo é visto como um desafio ao novo primeiro-ministro britânico, Gordon Brown, que é ele próprio escocês. Brown tem de equilibrar este aparente desejo de autonomia com a recusa da independência da Escócia. Para além disso, o voto escocês é importante para o Labour, que tem de conseguir todos os apoios para tentar o quarto mandato no Governo numa eleição que deverá acontecer antes da data inicialmente marcada, 2010.

E se o Partido Nacionalista Escocês for visto como eficaz no poder, o Labour sofrerá em termos eleitorais. Por outro lado, nota ainda a Reuters, a concessão de mais poderes ao Parlamento escocês pode também levar a um aumento da pressão para uma mudança na Constituição, que permite que os deputados escoceses em Londres possam votar na política de educação e saúde em Inglaterra, mas dita que os deputados ingleses não tenham voto nestas mesmas matérias na Escócia (fonte: Público)

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